Viagens

Três rotas ferroviárias para conhecer a Europa

Viajar de trem é uma das formas mais fáceis de conhecer o continente -- seja o Mediterrâneo ou os Alpes.

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As vistas belíssimas de uma estrada de ferro reluzente sobre os Alpes ou ao redor de um lago inspiram viajantes do mundo todo, e as duas opções são servidas de rotas ferroviárias. O itinerário vai da França até a Áustria cortando o território suíço — tudo com a beleza da natureza do lado de fora.

Em Lausanne, na Suíça, os trens saem da Plage de Pully nos primeiros raios de sol, e depois de cruzar os Alpes com o dia nascendo, eles abraçam o Lago Genebra, na cidade de mesmo nome, em direção a Annecy, uma belíssima cidadezinha na Savóia francesa. Mais adiante, as composições param em Chamonix, na França, onde teleféricos levam os turistas ao topo de uma montanha, em que há uma cafeteria e um restaurante.

A rota alpina ainda passa em cidades como Lucerna, Arlberg Zell am See, Innsbruck e Berna, cuja área velha foi declarada patrimônio da humanidade da Unesco, braço da ONU para a cultura, em 1983. Ali ainda está o Museu Einstein, um dos mais renomados da Áustria. 

Outra rota, comum entre os turistas brasileiros, é comprar tíquetes de trem do Sul da França em direção à Alemanha, passando por praias espanholas, italianas e suíças. "É mais barato — e bacana — do que comprar uma passagem aérea", diz Vitor Rodrigues, brasileiro que vive em Genebra há dois anos. 

A viagem de trem partindo da Costa Azul francesa começou a fazer sucesso alguns anos atrás, quando ricos britânicos passaram a se aventurar em direção ao Sul no chamado Train Bleu ("trem azul"). O itinerário amplia a rota, abrangendo Barcelona e regiões cênicas da Riviera Francesa e da costa italiana até Roma, antes de voltarem a Londres via Suíça. As composições costumam partir de Toulouse em direção à metrópole catalã, passando por Latour-de-Carol, onde é preciso fazer baldeação na fronteira espanhola.

Depois de passar por Barcelona, as linhas de trem seguem em direção a Gênova, na Itália, cidade costeira italiana famosa por ser a terra natal de Cristóvão Colombo e de ter atrações turísticas como o Palazzo Bianco e o Palazzo Rosso. Um trem Frecciarossa leva os turistas pela costa Ligura até Roma, uma das capitais mais vibrantes da Europa.

De Roma, os trens ainda passam em Stresa — ou Milão, dependendo do arranjo — até entrar na Suíça via Zurique e, então, acabar a viagem em Colônia, na Alemanha. 

Uma terceira rota ferroviária possível na Europa é a escandinava: nessa, a Holanda é o ponto de partida e o de chegada, partindo da capital, Amsterdã, e voltando pela Antuérpia, cruzando Copenhague (Dinamarca), Oslo (Noruega) e Estocolmo (Suécia) — capitais escandinavas –, além de cruzar a Alemanha via Hamburgo.

As rotas ferroviárias que ligam os países ainda passam por regiões cênicas — e geladas — do Norte da Europa, não sem deixar de parar em locais históricos, como o porto de Lübeck, onde a igreja de Petrikirche é a grande atração, e Rødbyhavn, na Dinamarca. Em Gotemburgo, já na Suécia, os turistas costumam passar o dia apenas para conhecer o Museu de Arte, com uma enorme coleção de pinturas e esculturas nórdicas. 

Em Oslo, um dos pontos altos da cidade é o Vigeland Sculpture Park, com 212 esculturas de bronze e granito que documentam a história e a condição humana. Em direção a Bergen, na costa Oeste, os trens sobem a 1,2 mil metros a nível do mar, de onde se observa cachoeiras, montanhas e abismos, e depois chegam a Trondheim, na Noruega, cidade fundada em 977 d.C. 

O roteiro ainda passa por Östersund, Södermalm e Estocolmo, na Suécia, de onde se pode voltar via Copenhague para Hamburgo, na Alemanha.  

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