Turismo

Dez coisas para fazer no Rio de Janeiro, segundo o The Guardian

Uma delas é conhecer a Feira de São Cristóvão, onde é possível comprar produtos do nordeste e do norte do Brasil.

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Em abril, a Norwegian Airlines, companhia aérea norueguesa, começou a operar um voo entre o Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, e Heathrow, em Londres, pela metade do preço das passagens vendidas até então. Foi a primeira de uma série de mudanças na concorrência no setor que devem acontecer com a saída da Avianca do mercado brasileiro e a chegada de outras empresas low-cost (baixo custo).

Pacotes turísticos para o Rio estão entre os mais procurados por turistas brasileiros e, no exterior, apesar da crise que a imagem da cidade passou nos últimos anos por conta da violência, ainda há muita gente interessada em desembarcar nos aeroportos cariocas para conhecê-la.

Em 2017, a capital fluminense foi a segunda mais visitada por estrangeiros do país, atrás apenas de São Paulo (2,1 milhões contra 1,3 mi). Naquele ano, o Brasil registrou o maior número de entradas de estrangeiros em toda a sua história, com um total de 6.588.770 visitantes.

O Rio, porém, foi a única cidade brasileira na lista da Euromonitor International, consultoria de dados da União Europeia, ficando na 94ª colocação, é a quarta mais visitada da América do Sul, de acordo com a pesquisa.

Por ocasião da inauguração da ligação entre Galeão e Heathrow, o jornal britânico The Guardian fez uma lista com dez coisas que todo turista estrangeiro deve fazer no Rio de Janeiro. A primeira delas, segundo o correspondente Dom Phillips, é andar de bicicleta pela cidade. Segundo ele, a melhora no serviço oferecido por bancos privados e a estrutura cicloviária melhoraram muito nos últimos anos — as ciclovias vão da Marina da Glória até a Urca, passando pelo parque do Aterro do Flamengo, pelo Pão de Açúcar e pela Praia de Copacabana.

A segunda experiência é comer iscas de peixe acompanhado de uma cerveja nos quiosques à beira-mar. Phillips indica que alguns dos melhores estabelecimentos para uma refeição desse tipo no Rio são os bares "pé sujo" ("dirty feet", em inglês), onde é possível ver a "vida na rua que os cariocas adoram".

A terceira é conhecer a Feira de São Cristóvão, onde é possível comprar produtos do nordeste e do norte do Brasil — e também comer pratos típicos das regiões, como carne de sol e mocotó, além de tomar o maranhense Guaraná Jesus. "Em uma sexta-feira, um homem vestindo uma roupa de leopardo cantava canções nordestinas acompanhado por um teclado, enquanto crianças jogavam futebol…", narra o jornalista britânico.

Ele, aliás, sugere outra feira como opção para conhecer o Rio, a da Glória, um grande mercado de rua na zona sul da cidade. Segundo o jornal, além de ser barato, ainda é possível almoçar ouvindo uma apresentação musical e assistir a uma apresentação de arte de rua, que sempre acontece nas calçadas adjacentes.

Comer também é uma possibilidade, segundo o The Guardian, nos bares de Botafogo: antes um bairro marcado pelo trânsito e pelo caos das ruas — que se expressava nos baixos valores dos imóveis –, a região hoje é casa de muitos bares e restaurantes que revitalizam espaços por meio de novas ideias gastronômicas. Além do Ceviche RJ, que Dom Phillips diz ser seu preferido, há ainda hamburguerias como a Comuna — que aos finais de semana reúne uma pequena multidão por virar uma espécie de balada.

O jornal sugere ainda visitar o Bar do David, perto da favela do Chapéu Mangueira e da Praia do Leme, por ter tudo o que os cariocas gostam. "A comida é excelente, a recepção é amigável e a atmosfera aos fins de tarde é relaxante e informal, com cadeiras e mesas de plástico na rua", afirma o jornalista.

Visitar o porto renovado do Rio, um dos poucos legados das Olimpíadas de 2016, é outra dica do The Guardian aos turistas europeus. "Apesar de não ter sobrado muita coisa do evento, a cidade conseguiu fazer uma coisa certa: revitalizar a decadente área do porto e substituir velhas docas em uma praça espaçosa e exclusiva para pedestres, a Praça Mauá", diz o texto. Além das apresentações de música, dos foodtrucks e dos murais grafitados, o local ainda tem o Museu do Amanhã, com exposições científicas interativas sediadas em um edifício "visualmente incrível".

O Museu de Arte do Rio (MAR), acessível por transporte público e sediado em um belo edifício colonial, é outra dica de Dom Phillips: com exibições permanentes de pinturas e fotografias dos cartões-postais da cidade, ainda possui mostras itinerantes durante todo o ano, geralmente focando em problemas sociais do Brasil, como a pobreza, a injustiça social e as questões urbanas, além de discutir as heranças da escravidão.

Por fim, além da trilha Cláudio Coutinho, pelo Morro da Urca ao Pão de Açúcar, o The Guardian diz ser indispensável ir a um samba no Rio. Entre as dicas estão o Renascença Clube, no Andaraí, e o Samba do Trabalhador, fundado pelo compositor carioca Moacyr Luz e que acontece no meio da rua.

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