O vereador José Carneiro afirma ser contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 49/19 que está sendo discutida na Câmara Federal e propõe prorroga por dois anos os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores eleitos em 2016, adiando o término para 2023, mesmo ano em que se conclui os mandatos dos governadores, deputados federais e estaduais eleitos em 2018. O objetivo é unificar as eleições no país. Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana ressaltou que os eleitores votaram para que prefeitos e vereadores exerçam mandatos de quatro anos e não mais que isso. “Se fizerem uma pesquisa junto ao povo brasileiro, o povo aprova essa prorrogação de mandatos? Claro que não. Eu entendo que é um privilégio conceder mais dois anos de mandato aos prefeitos e vereadores do país. E eu entendo também que vivemos em uma crise política muito grande e tenho certeza que a população não aprova uma idéia dessas”, frisou.
Unificação
Em contrapartida, Carneiro diz que é a favor da unificação das eleições, desde que isso passe a valer após um novo pleito. “Concordo em gênero, número e grau. Eles podem perfeitamente fazer um mandato tampão, que não sou adepto, que acho que seria um castigo para qualquer vereador ou prefeito exercer apenas um mandato de dois anos. Ou a opção que eu daria, se fosse deputado federal, era aumentar o mandato dos vereadores e prefeitos que vão se eleger em 2020 para até 2026, aí sim seria uma proposta interessante, porque o povo brasileiro estaria votando nos prefeitos e vereadores convictos de que eles exerceriam um mandato de seis anos. Ou então eles fariam uma emenda aumentando o mandato deles de 2022 até 2028. (…) A unificação tem que ter, porque o que se gasta nas eleições é muito dinheiro, agora privilegiar não sou adepto e acho que não deve”, concluiu. (Orisa Gomes, com informações de Paulo José)