Após se chatear sobre a desintegração da bancada governista e dizer que a Câmara vive um ‘show de horrores’, o vereador Pedro Américo (DEM), contou a motivação do discurso. Em entrevista ao Acorda Cidade nesta segunda-feira (22), o vereador disse que o comentário surgiu para dar um ‘basta’ na ‘exaltação’ de parlamentares da Casa, que em meio ao momento pandêmico que atinge a sociedade, a saúde e a política, buscam trazer problemas pessoais ao plenário. “Um vereador, por exemplo, alega que foi empurrado primeiro, o outro diz que só fez revidar. É um momento de buscarmos o consenso, a cidade de Feira de Santana precisa de uma Câmara de Vereadores que possa trazer pautas boas, para que possamos cuidar do problema da covid-19, cuidar do comércio, da economia. Essas brigas pessoais, essas discussões, essas pirraças, às vezes trazem uma má sensação para a população de que a Câmara não tem produzido”.
Pedro Américo também falou que as principais discussões surgem pelo “desgaste natural do governo”, já que houve um direcionamento do prefeito Colbert Martins ao combate à covid-19 no município, o que teria deixado a política ‘negligenciada’. “Entendemos que é preciso dialogar. Cada vereador pensa de uma forma, vota no que acha certo, sendo da base do governo ou não, assim como têm pautas que eu vou bater no governo porque acho importante. O consenso precisa ser feito do ponto de vista de pauta da política, não do ponto de vista pessoal, porque acho que isso acaba trazendo à Câmara um olhar negativo”. O vereador destacou que projetos de interesse social já deixaram de ser debatidos pelas discussões pessoais, mas ele avalia que a Casa possui ‘uma boa legislatura’. “Vejo vereadores preocupados, vejo boas ideias, bons requerimentos, bons debates. A Câmara ainda vai surpreender as pessoas, assim que essas questões internas forem resolvidas.
Ele ainda rebateu as acusações do ex-deputado Targino Machado (DEM), que publicou nas redes sociais um comeentário em que declara que a Câmara Municipal vive a sua pior ‘gestão’. “O ex-deputado estadual falou que essa é a pior das piores legislaturas, mas não acredito nisso. Tenho visto e acredito que cada um tenha uma forma de contribuir. Essa Câmara tem muita gente boa, muita gente querendo fazer o seu trabalho, cada um tem uma formação profissional diferente, uma forma de vida diferente, uma forma de aprender, de dialogar”. (Por Maylla Nunes, com informações do repórter Paulo José)