O Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandato de três deputados estaduais baianos em menos de um ano. Com as decisões da Corte Superior da Justiça Eleitoral, os parlamentares Pastor Tom (PSL), Targino Machado (DEM) e Marcell Moraes (DEM) perderam a cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), sendo que os dois últimos ficam inelegíveis pelos próximos oito anos. O primeiro julgamento foi o do deputado Ewerton Carneiro da Costa, o Pastor Tom, em junho de 2020. Com maioria dos votos, o TSE cassou o mandato do parlamentar por ausência de filiação partidária no registro de sua candidatura nas eleições de 2018. O deputado também foi acusado de usar a função de policial militar da ativa e omitir que ocupava o cargo de vereador em Feira de Santana na campanha eleitoral daquele ano.
O segundo julgamento foi o do deputado Targino Machado, em outubro de 2020. Por unanimidade, a decisão do TSE foi de cassar o diploma do parlamentar, acusado de abuso de poder econômico e político. Uma auditoria da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) apontou suspeita de troca de votos por atendimentos médicos. Por fim, e também em decisão unânime, o plenário do TSE decidiu pela cassação do mandato do deputado Marcell Moraes, em outubro deste ano. Moraes foi alvo de denúncia do Conselho Regional Veterinário da Bahia (CRV-BA) por realizar mutirões de vacinação e castração animal em diversas cidades baianas no período eleitoral, sem observar regras sanitárias e fazendo publicidade do seu mandato.