Câmara Municipal

Tourinho critica número de agentes de endemias nas ruas de Feira de Santana e diz que saúde está abandonada

Segundo o vereador, em 1997 havia mais profissionais no combate as endemias

O número de agentes de endemias atuando no combate a dengue em Feira de Santana foi alvo de crítica do vereador Roberto Tourinho, em sessão na Câmara Municipal nesta terça-feira (9). Embora haja 383 profissionais dessa área na Secretaria de Saúde, o vereador alega que apenas 192 estão nas ruas fazendo o trabalho de combate direto as endemias. Tourinho ressalta que é um número inferior inclusive ao existente em 1997, durante gestão do seu pai, o ex-prefeito José Falcão, quando havia 270 agentes. “É grave a situação da dengue na cidade. Em fevereiro deste ano, nós apresentamos um requerimento e Feira de Santana já tinha 104 casos de dengue registrados. Finalizado os três primeiros meses, janeiro, fevereiro e março, Feira de Santana já contabilizou mais de 3800 casos de dengue, inclusive com óbitos. O que nos deixa entristecidos é que paralelo a isso nós temos uma secretária de Saúde (Denise Mascarenhas) que é enfermeira e um prefeito (Colbert Martins) que é médico e Feira de está entre as cidades da Bahia e do Brasil com maiores registros de dengue”, criticou.

Ações concretas

Segundo o vereador, não há ações concretas da prefeitura para combater a endemia na cidade e os agentes de endemias não estão tendo o apoio necessário para desenvolver o trabalho. Além do número de profissionais pequeno para o porte da cidade, o vereador cita como exemplo de descuido o uniforme que, segundo ele, foi dado a categoria pela última vez em 2014. “Já se passaram quase cinco anos. Esses agentes estão trabalhando em sua grande maioria sem o apoio. Eu trouxe dados que em Salvador e outras cidades, esses mesmos agentes recebem o ticket alimentação em dinheiro, recebem os valores referentes as ações de periculosidade e no município de Feira de Santana não recebem esses incentivos que são pagos em municípios vizinhos”, frisou. Para o vereador, a situação de Feira é entristecedora, vergonhosa e revoltante. “Eu disse e repito, em janeiro eram 104 casos, três meses depois já vamos com mais de 3800 casos. A própria secretaria divulgou dados que são 208% a mais comparado com os três primeiros meses de 2018. É lamentável essa situação de abandono da saúde em Feira de Santana”, assinalou. (Orisa Gomes, com informações do repórter Paulo José)

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