O governador da Bahia, Rui Costa (PT), admitiu publicamente nesta quinta-feira (3), pela primeira vez, que a principal opção do seu grupo político como candidato ao governo estadual em 2022 é um velho conhecido do Palácio de Ondina: Jaques Wagner (PT), ex-governador e nome que o antecedeu no cargo. Em entrevista à rádio Metrópole na segunda-feira (30), um dia após o segundo turno em Vitória da Conquista e Feira de Santana, o senador pela Bahia sinalizou que avalia voltar a disputar o Executivo em 2022. “Se for para manter a unidade do grupo, eu colocarei meu nome”, assumiu. Questionado sobre a declaração, Rui deu ao Bahia Notícias uma declaração curta, mas simbólica sobre o assunto. “Eu diria que ele disponibilizou o nome dele, a tendência é que seja ele o candidato”, afirmou à reportagem após evento de entrega de 60 novas viaturas da Polícia Civil, em Salvador. A fala de Rui acontece em um momento no qual lideranças da base aliada começam a pressionar, nos bastidores, por celeridade no lançamento da definição do nome que vai representar o grupo nas urnas no próximo pleito. A análise é de que, fora da prefeitura de Salvador a partir de janeiro de 2021, o provável candidato da oposição ao governo, ACM Neto (DEM), estará livre para iniciar sua campanha. Assim, o ideal seria não definir o candidato governista apenas às vésperas das eleições, como ocorreu com a postulante petista Major Denice na capital baiana. O Bahia Notícias conversou, em condição de anonimato, com três nomes que acompanham as movimentações da base de Rui para 2022, um do PP e dois do PT – um deles integrou o secretariado do governador. A avaliação sobre Wagner é de que esta é uma opção pragmática. Durante os seis anos da gestão Rui, o PT não conseguiu construir outro nome forte para disputar a sucessão. Além disso, o ex-governador não enfrenta grandes resistências entre as principais siglas da base, caso de PSD e PP, já foi testado nas urnas, tem capital político e é considerado a melhor opção para enfrentar ACM Neto. Lideranças da base demandam que Wagner participe mais da articulação política do governo a partir de agora. Considerado habilidoso no trato com as legendas, ele seria incumbido de aparar arestas nas relações com Rui e azeitá-las para manter a unidade do grupo com vistas a 2022. As informações são do Bahia Notícias
Bahia
'Tendência é que ele seja candidato', admite Rui sobre Wagner disputar governo em 2022
Durante os seis anos da gestão Rui, o PT não conseguiu construir outro nome forte para disputar a sucessão.
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