O cenário habitacional no Brasil é marcado por desafios persistentes em diversas cidades, e Feira de Santana não é exceção. Nesta segunda-feira (24), um encontro realizado para apresentar o novo programa Minha Casa Minha Vida contou com a presença de empresários, da consultora da vice-presidência nacional de Habitação da Caixa Econômica Federal (CEF), Eleonora Mascia e também do deputado federal Zé Neto (PT), no entanto uma questão precisa ser observada: a ausência da secretária municipal de habitação.
A ausência da secretária Cintia Machado no evento revelou uma lacuna significativa na comunicação e colaboração entre as partes envolvidas. Essa falha de comunicação pode ter consequências prejudiciais para o desenvolvimento de um programa habitacional eficiente e justo. E é essencial que todas as partes interessadas estejam alinhadas e engajadas, pois a demanda por moradia é alta e precisa ser tratada com a seriedade que merece.
Em seu posicionamento, a secretária Cintia Machado deixou clara sua insatisfação com a falta de convite para a reunião, bem como com o local escolhido para o encontro, que ocorreu em um restaurante da cidade.
“Nós estamos à disposição no município, tanto eu como o prefeito Colbert, para passar as informações que estão acontecendo e nós estamos trabalhando em como vamos fazer as inscrições, como vamos receber as pessoas e de que forma será. Então, que eles possam ficar tranquilos, pois não vamos usar isso como moeda de troca política, mas vamos usar isso com responsabilidade, pois existem muitas pessoas que precisam de moradia na cidade. Só para se ter uma noção, no último Minha Casa Minha Vida 20 mil pessoas foram contempladas, foram 105 mil inscrições, 85 mil pessoas não foram contempladas. Então não podemos levar isso para o lado político, mas com muita responsabilidade para ajudar o máximo de pessoas possíveis. Eu lamento não estar nessa reunião pois poderíamos discutir mais um pouco sobre esse problema e não levar para o lado político”, declarou a secretária de habitação.
Esse tipo de mal-entendido pode ser prejudicial ao processo de construção de moradias acessíveis para os cidadãos que mais necessitam. Sendo fundamental que essas questões de comunicação sejam resolvidas de maneira adequada para que o programa habitacional seja bem-sucedido.
Por outro lado, o deputado Zé Neto apontou que a ausência da secretária pode ter sido resultado de um erro de comunicação e afirmou que é comum convidar o município para tais reuniões. No entanto, ele também destacou que, em algumas ocasiões anteriores, o município não compareceu ou não se envolveu adequadamente.
“Tentamos a comunicação, mas não sei o que aconteceu com o telefone que não atendeu. Mas sempre defendo que temos que convidar. Na maioria das vezes eles não participam. Tem poucos dias que fizemos uma reunião, convidamos e o município também não foi e quando vai não se envolve. Houve um ruído de comunicação, que tem que ser resolvido, mas nada feito para deixar o município de fora”, pontuou o deputado Zé Neto.
Esse tipo de impasse pode prejudicar a implementação efetiva de programas habitacionais e deve ser superado por meio de uma melhor comunicação e cooperação entre todas as partes interessadas.
O programa Minha Casa Minha Vida representa uma oportunidade valiosa para milhares de famílias em Feira de Santana, mas sua eficácia depende de uma gestão transparente e criteriosa dos recursos.
É essencial que a seleção dos beneficiários seja baseada em critérios objetivos e de necessidade legítima, e não usada para fins eleitoreiros. Para isso, é crucial realizar um levantamento detalhado nos bairros mais carentes da cidade, identificando as famílias mais vulneráveis que realmente precisam de moradia digna.
Além disso, é importante garantir que a construção de novos condomínios habitacionais seja acompanhada de investimentos em infraestrutura, como transporte, coleta de lixo, postos de saúde e segurança. Essa abordagem geral é necessária para evitar repetir erros do passado, onde a falta de planejamento adequado resultou em áreas habitacionais isoladas e mal servidas de serviços públicos essenciais.
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