Soluções definitivas

Era um destes estabelecimentos comercias do interior. Não havia artigos de luxo, mas ali se encontravam os produtos essenciais para a comunidade. Certo dia, três homens foram solicitar ajuda para suas famílias, muito pobres. O comerciante acolheu o pedido e ofereceu a eles três possibilidades, cada um escolheria. Tratava-se de um saco com farinha, outro saco com pães, recém-saídos do forno, enquanto o terceiro saco continha sementes.

O mais afoito deles escolheu o saco com pães e imaginou a alegria de seus filhos com o presente. O segundo optou pelo saco com farinha, assim teriam pães para muitos dias. O terceiro escolheu, aparentemente, a opção mais difícil: levou o saco com as sementes. Este foi o único que não precisou mais retornar, ele resolvera o problema, em profundidade, para si e para seus filhos. Ele optara por uma solução a longo prazo, mas que se revelaria definitiva.

Já os antigos sábios da China tinham uma receita parecida, mais completa até. Eles afirmavam: se queres saciar a fome de uma pessoa, por um dia, é suficiente dar a ela um pão, mas se queres saciar a fome de um grupo ao longo de um ano, planta uma seara. Nenhuma destas soluções é definitiva: se queres saciar a fome de um povo, para sempre, aposte em sua educação.

Nossa sociedade se especializou em paliativos. Há muitos crimes, vamos construir mais presídios; há muitos assaltos, coloquemos mais policiais na rua; há algum tipo de desobediência, fabriquemos leis cada vez mais duras. São os paliativos, são analgésicos, que não resolvem, pois não descem às causas.

Todos os nossos problemas passam pela educação. Isso não abrange apenas a área escolar. Educação tem tudo a ver com a família, com os meios de comunicação, com a política, com o mundo do trabalho, com os sindicatos, com a Igreja, com os dirigentes políticos. A solução definitiva para a pessoa, para a família, para uma comunidade e para um país está na educação.

 

Para refletir

Você vê relação entre as sementes e a educação?

Conhece e concorda com a frase: não dê o peixe, mas ensine a pescar?

 

 

 

 

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