Mensagem de sábado, 17.03.12
Um monge foi ofendido por um homem, que não acreditava em nada do que ele dizia. Entretanto, a mulher do agressor era seguidora do monge e exigiu que seu marido fosse pedir desculpas ao sábio. Contrariado, mais sem coragem de aborrecer a mulher, o homem foi até o templo e murmurou algumas palavras de arrependimento.
-Eu não o perdôo – disse o monge. – Volte ao trabalho.
A mulher ficou horrorizada:
-Meu marido se humilhou e o senhor, que se diz sábio, não foi generoso!
E o monge respondeu:
– Dentro de minha alma não existe nenhum rancor. Mas, se ele não está arrependido, é melhor reconhecer que tem raiva de mim. Se eu tivesse aceitado seu perdão, íamos estar criando uma falsa situação de harmonia e isso aumentaria ainda mais a raiva de seu marido.
É comum haver desentendimento entre colegas de trabalho e, por vezes, devido ao stress, os envolvidos usam de grosserias para com o outro. A partir de então, o relacionamento se transforma, o clima não é mais o mesmo. Porém, se desculpar sem sinceridade só causará mal-estar: quem sofreu a grosseria não se convencerá e quem a cometeu se sentirá insatisfeito em ter se desculpado apenas por educação e não por ter reconhecido o seu erro.
Portanto, se não houver arrependimento de fato, não adianta se desculpar; é melhor ser honesto consigo mesmo e deixar para melhorar o relacionamento de outra forma.
Fonte: http://www.radioampere.com.br/2011/mensagem_ver.php?id_mensagem=181