Os últimos dias de trabalho no Congresso Nacional estiveram voltados para debate sobre os rumos do futuro governo Bolsonaro, que assume o poder já no próximo dia 1º de janeiro. Entre os assuntos mais discutidos, esteve a promessa do futuro ministro da economia, Paulo Guedes, de dar uma “facada” nos recursos do Sistema S. O debate tomou conta do último dia da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Formado por entidades como, por exemplo, Sesc, Sesi e Senai, o Sistema é responsável por diversos programas de educação técnica e serviços de saúde. Preocupados com o possível corte de recursos, parlamentares da região Nordeste se manifestaram em defesa do Sistema S. Um deles foi o senador por Pernambuco Armando Monteiro, do PTD. Para o parlamentar, é preciso que haja uma discussão mais sensata em cima do assunto antes de se tomar decisões que comprometam o trabalho realizado pelo Sistema S. “O que se propõe é uma discussão serena, no fórum adequado para se discutir a relação custo/benefício do Sistema “S”. Porque é uma estrutura que funciona há décadas, que tem foco, os programas são continuados. Daí os resultados que foram obtidos”. O senador Garibaldi Alves do MDB – RN também saiu em defesa do Sistema. “Com esse discurso em favor do Sistema S., defendendo o que no país deve ser respeitado e que é o trabalho de uma entidade que é o Sistema S.” Para se ter uma ideia, somente no Nordeste do país, o impacto de uma “facada” de 30% no SESI, como a sugerida por Paulo Guedes, faria com que 162,2 mil vagas em cursos profissionais fossem cortadas por ano. Além disso, 25 escolas de formação profissional seriam fechadas.

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