De acordo com informações publicadas no jornal Correio Braziliense, a campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), tem se dado ao luxo de deixar os parlamentares da base aliada à míngua nos estados, em virtude dos altos índices das intenções de votos. Indispensáveis como cabos eleitorais em disputas anteriores, deputados da base agora amargam uma certa frieza por parte da campanha nacional. Os aliados reclamam que o governo fechou o cofre das emendas parlamentares e, além de não apresentarem recursos para suas bases, não têm nem santinho da Dilma para entregar, porque nem mesmo material da campanha nacional chega para eles. “Temos sentindo falta de material. Para a gente conseguir um adesivo da Dilma é uma dificuldade. Pode ser que estados mais populosos sejam prioridade da coordenação e estejam bem abastecidos”, afirma o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI).
Mas o baixo cacife dos parlamentares nas eleições deste ano não atinge somente aliados de estados com menor população. O deputado mineiro Júlio Delgado (PSB) conta que ficou ressentido na última visita da candidata a Belo Horizonte porque não foi convidado para a agenda da presidenciável. “Estamos meio largados mesmo. Há uma presunção de que o Lula vai resolver tudo, como se fosse: “Nós não precisamos de vocês, vocês é que precisam da gente’. Minha campanha tem pouco recurso, vou ter que pagar para incluir material da Dilma”, lamenta Delgado.