Política

Sem Aliança, bolsonaristas buscam PSL para revisar suspensões de deputados e miram fundo milionário

Fim da suspensão garantirá a liberação de deputados para participar de atividades na Câmara, como ocupar cadeiras nas comissões e cargos de liderança. Bolsonaro negocia volta ao partido.

Deputados bolsonaristas procuraram recentemente a cúpula do PSL em busca de um acordo para garantir a revisão da suspensão, feita pelo partido, de 12 parlamentares. O fim da suspensão garantirá a liberação desses deputados para participar de atividades na Câmara, como ocupar cadeiras nas comissões e cargos de liderança. A informação foi confirmada ao blog da Andréia Sadi pelo deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente do partido. Na semana passada, Bolsonaro anunciou, durante uma live, que cogitava voltar para o PSL. O presidente e seus familiares romperam com a cúpula do PSL em meio a uma briga pelo controle do fundo partidário e anunciaram a criação do Aliança Brasil. O novo partido, no entanto, ainda não vingou oficialmente. Procurado pelo blog, Bivar confirmou que existe uma negociação, mas afirmou que ficaria estranho o partido aceitar os pleitos bolsonaristas e o grupo continuar com o projeto da Aliança. “Existe uma negociação de deputados que vieram aqui falar comigo, outros que foram ao Planalto. Na política, não se pode fechar vetores”. Apesar da fala oficial de Bivar, bivaristas acreditam ser difícil a retomada pacífica da relação, principalmente se a condição bolsonarista envolver o fundo partidário milionário a que o PSL tem direito. O dinheiro, público, serve para manutenção do partido, e o seu controle foi o principal motivo da briga que levou ao divórcio de Bivar com Bolsonaro. Apesar disso, de olho nas futuras eleições e na estrutura de um partido já montado, Bolsonaro procurou Bivar há cerca de um mês. Falaram pelo telefone, e o presidente disse que era preciso pensar no país. Bivar concordou, mas disse que, por conta da pandemia, uma conversa pessoalmente ficava difícil. As negociações por telefone, no entanto, continuam.

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