Dilton e Feito

Segundo turno das eleições define correlação de forças

Apesar de balizar a correlação de forças que saiu das urnas, a divisão partidária não é suficiente para definir barreiras entre quem faz parte e quem não faz parte da base aliada.

 A abertura das urnas em Salvador e Vitória da Conquista no próximo domingo será determinante para definir se a Bahia caminha para um cenário de hegemonia dos partidos da base do governador Jaques Wagner ou para um  maior equilíbrio entre partidos aliados e de oposição. São apenas dois municípios em disputa, mas que representam a chance de governar mais de três milhões de pessoas, cerca de 21% da população baiana.Em caso de vitória dos governistas Nelson Pelegrino (PT), em Salvador, e Guilherme Menezes (PT), em Vitória da Conquista, os 11 partidos que oficialmente compõem a base aliada de Jaques Wagner vão comandar 327 cidades baianas. Juntos, estes municípios têm uma população de 11,5 milhões de pessoas – 81% da população do Estado -, o que coroaria a hegemonia do grupo do governador. Com 90 cidades, a oposição governaria 19% da população.Por outro lado, se prevalecerem nas urnas os oposicionistas ACM Neto (DEM), em Salvador, e Herzem Gusmão (PMDB), em Conquista, o cenário de hegemonia dará lugar a um panorama menos  favorável para o governo. Os prefeitos governistas seriam responsáveis por prefeituras que têm 60% da população, enquanto a oposição, com 92 cidades, seria responsável por governar 40% dos baianos.Para o cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia Jorge Almeida, Salvador e Conquista são cidades fundamentais e terão um peso relativo na definição da correlação de forças políticas. Contudo, ele destaca a qualidade das administraçõessejam elas governistas ou oposicionistasé que será determinante para o cenário de 2014: "Mais do que as urnas, a aprovação da gestão é que vai balizar a força do grupo que vencer as eleições".Para o secretário estadual de Relações Institucionais, Cezar Lisboa, as duas cidades  têm importância estratégica. Na capital, o PT nunca governou, e em Conquistagoverna 16 anos. "Estamos trabalhando para vencer. São cidades  simbólicas para o nosso projeto".   Lúcio Vieira Lima, presidente estadual do PMDB, salienta que vencer nos grandes centros é fundamental para a oposição. "A vitória da oposição vai sinalizar um  desejo de mudança  da população. E terá apelo junto às lideranças do interior". As informações são do A Tarde.

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