Sedes continua com PT, mas Valmir Assunção é carta fora do baralho, diz Wagner

A reforma do secretariado estadual, que seria concluída em abril deste ano, quase dois meses depois segue sem definição. Embora a Secretaria da Fazenda já tenha como titular o economista Luiz Alberto Petitinga, a batuta da pasta de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) continua nas mãos da interina Mara Moraes desde a saída do deputado estadual Carlos Brasileiro, que se afastou para retomar o mandato e disputar a prefeitura de Senhor do Bonfim. O governador Jaques Wagner, em entrevista ao Bahia Notícias, revelou que, embora não haja um prazo estabelecido, a mudança ainda ocorrerá. Segundo ele, a demora não está relacionada à espera pelo fechamento de alianças com o PR e o PSC, próximos de integrar a sua base de apoio. “Na verdade, é porque eu estava refletindo sobre quais eram os melhores nomes. A menina que está lá já tem um profundo conhecimento, que é a Mara [Moraes], mas o fato de eu não ter escolhido não tem a ver com o PR. Na verdade, a tendência é a Sedes continuar no mesmo alinhamento”, esclareceu, sobre o fato de a secretaria, desde o início do seu governo, ter sido comandada pela corrente Articulação de Esquerda (AE) – hoje Esquerda Popular Socialista (EPS) – do Partido dos Trabalhadores. Segundo Wagner, ainda não há um veredito sobre quem será o escolhido, mas muito dificilmente a atual secretária permanecerá no cargo. “Na verdade, eu estou pensando em outros nomes. Não quero antecipar, porque senão fica a especulação, mas não temos definição ainda. Ela poderia ficar, do ponto de vista da qualificação, mas a tendência não é essa”, descartou. Perguntado se haveria a hipótese de o deputado federal Valmir Assunção retornar ao posto, o governador foi taxativo: “Não. O nome dele não está colocado”.