Câmara Municipal

Secretários Pablo e Joedilson negam que 'rapa' seja da responsabilidade de suas pastas

Na praça Bernardino Bahia, assinala, vendedores denunciam que estão sendo expulsos do local e a Prefeitura não estaria cumprindo acordo feito com eles.

O secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico do Município, Joedilson Freitas, assim como o seu colega da pasta de Desenvolvimento Social, Pablo Roberto, não assumem estar sob a sua responsabilidade o serviço da Prefeitura conhecido como "rapa", que fiscaliza "violentamente" o comércio ambulante nas ruas de Feira de Santana. A informação é do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL). Na sessão desta terça (30) da Câmara, ele disse ter se reunido com ambos, recentemente, e ouvido deles próprios que essa atividade não está na alçada das respectivas secretarias. "Se negam, quem responde, então, por essa ação? Seria o prefeito Colbert Filho?" questiona. O oposicionista pretende, em 24 horas, representar criminalmente o gestor por "abuso do uso de força", caso a fiscalização ao comércio popular de rua não seja atribuído a um dos órgãos governamentais.

Observa o vereador do PSOL que o "rapa" estaria cumprindo papel de "bandido", ao expulsar agressivamente trabalhadores dos locais onde se encontram comercializando produtos diversos, sem o menor diálogo. "Não somos contrários à organização. Os próprios vendedores, também não. Mas vivemos momento de dificuldade evidente de emprego. O que está acontecendo é uma barbárie, que precisa ser denunciada", afirma. Acredita que deve haver uma forma de organização e padronização "que lhes permitam continuar na própria Marechal (a rua Marechal Deodoro, atualmente local onde mais existem vendedores ambulantes)". Na praça Bernardino Bahia, assinala, vendedores denunciam que estão sendo expulsos do local e a Prefeitura não estaria cumprindo acordo feito com eles.

O vereador petista Sílvio Dias, que também é advogado, diz que defende a organização do comércio, "mas com um modelo em que prevaleça o diálogo". Em momento de pandemia, "sem haver qualquer auxílio emergencial" aos trabalhadores, não é possível que a retirada deles aconteça da forma como o "rapa" está comandando. "É preciso lembrar, sempre, que grande parte da população de Feira sobrevive da informalidade, muitos, de sua própria produção na zona rural", registra. 

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