Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta sexta-feira (21), o presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Torres (PSD), questionou sobre a alegação da prefeitura de Feira de Santana de que não há condições de efetuar o pagamento dos salários dos trabalhadores da saúde, por meio de repasse às empresas terceirizadas, como também de realizar novos investimentos e manter contratos por falta de votação da Lei Orçamentária. Por outro lado, segundo o vereador, teria feito um aditivo de contrato no valor de R$ 25 milhões com agências de publicidade.
“O prefeito não conversa, não dialoga, o prefeito vai à justiça com mentiras. A prefeitura mente. Anteontem fez uma reunião com os secretários e a imprensa que a cidade ia parar, que não ia ter dinheiro para nada e ontem, fez mais um aditivo para a comunicação de R$25 milhões, aumentando o valor investido em duas agências de publicidade. Como é isso? O dinheiro não tem para pagar os funcionários da saúde, mas para aditivar duas empresas tem? É isso que a Câmara quer discutir com o prefeito, se ele quiser fazer o debate, nós podemos fazer”, declarou.
Em resposta às declarações dadas em entrevista de rádio pelo presidente da Câmara, o secretário de Comunicação, Edson Borges, buscou esclarecer sobre a questão do aditivo feito com as agências contratadas pela prefeitura.
“Não se trata de aditivo de valor. A licitação para contratação de agências de publicidade é uma exigência da lei, pois a prefeitura não pode fazer publicidade direta, tem que ter agência. E a licitação é feita por um período de quatro anos. Ela foi feita ainda no ano passado por quatro anos, pelo secretário Valdomiro Silva. Agora, as renovações dos contratos são feitas anualmente, pois a gente não contrata as agências por quatro anos seguidos. A gente contrata anualmente e o termo aditivo é apenas uma terminologia técnica, é de renovação do contrato, sem aumento de valores. Essa renovação é anual porque dá a oportunidade de o poder executivo em algum momento deixar de trabalhar com essa ou aquela agência se assim julgar necessário”, explicou. (Por Laiane Cruz)