Vacine-se!

Sarampo volta a circular no Brasil; em Feira de Santana vírus permanece inativo 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento da doença em todo o mundo e reforçou a importância da vacinação. 

Vacina
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em novembro do ano passado, foi anunciada a saída do Brasil da condição de país endêmico para o sarampo, doença infecciosa viral de alta transmissão. No mês seguinte, foi registrado no Rio Grande do Sul pelo Centro de Vigilância em Saúde um caso da doença no estado em um menino de três anos. Em janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento da doença em todo o mundo e reforçou a importância da vacinação. 

Levando em consideração a prevenção como forma de combate, o Acorda Cidade conversou com a enfermeira referência em doenças exantemáticas, Aline Martins, que falou sobre as ações contra o sarampo em Feira de Santana. No ano passado, a cidade registrou cinco casos suspeitos, mas foram descartados pela Secretaria de Saúde. Em 2024, ainda não há registros. 

enfermeira - Aline Martins
Aline Martins | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Diariamente a gente vai conscientizando sobre a importância da vacinação através das consultas de puericultura nas 103 unidades que a gente disponibiliza no município. Os agentes comunitários também são de grande ajuda, eles vão às residências e fazem essa conscientização. Temos também os meios de comunicação, a Secom. Eles divulgam todos os eventos que fazemos diariamente, são mais de dois eventos por dia”, declarou.

A doença pode ser transmitida para qualquer pessoa, mas em crianças de até cinco anos, as complicações podem ser ainda mais graves. Por isso, a enfermeira alerta para a importância do acompanhamento pediátrico e da vacinação em bebês a partir de 1 ano. A segunda dose deve ser tomada com 1 ano e três meses. Para os adultos que não tomaram na infância, a vacina está disponível até os 59 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

Vacina de sarampo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Veja os tipos de vacinas que protegem contra o vírus:

  • Dupla viral – Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
  • Tríplice viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
  • Tetra viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

Gestantes e imunodeficientes também são suscetíveis a maiores transtornos.

Sintomas e Transmissão

Em caso de transmissão, as pessoas devem se atentar aos sintomas que são manchas vermelhas na pele, febre alta acompanhada de outros problemas, como tosse seca, irritação dos olhos, congestão nasal e mal-estar. Nesses casos, é imprescindível buscar atendimento urgente e não se automedicar. 

Assim como uma gripe, seu vírus pode ser transmitido pelo ar, através da tosse, espirros, ao falar muito próximo ou respirar. Em caso de pessoas não imunes, um paciente infectado pode contagiar 90% dessas pessoas.

Vacinação em Feira de Santana

Segundo Aline, a cobertura vacinal ainda está baixa em Feira de Santana, mas tem melhorado bastante com a procura dos pais após alguns alertas emitidos pelas instituições nacionais de saúde. 

“Acreditamos que seja questão de registro porque a cobertura vacinal tem aumentado bastante, os pais já estão procurando novamente os postos, temos as intensificações vacinais que acontecem anualmente, as campanhas de vacinação preconizadas pelo Ministério da Saúde, então diariamente a vacina está disponível em todos os postos de Feira de Santana”, informou. 

Além disso, em casos confirmados, Feira de Santana tem adotado o protocolo do Guia de Vigilância e Saúde, atualizado em 2022 pelo Ministério da Saúde. Com o aumento de casos de sarampo em alguns países como México, Estados Unidos, Portugal e Argentina, e que, nas últimas semanas, emitiram alerta sobre a doença, algumas medidas estão sendo tomadas para prevenir a contaminação no município. 

“Agora em 2024 tivemos um caso importado no Rio Grande do Sul. A criança está estável e aqui em Feira de Santana estamos sempre realizando capacitações dos profissionais para que eles possam identificar os casos suspeitos e imediatamente nós intervimos, fazendo a busca ativa e o bloqueio vacinal”, explicou Aline. 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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