Foi publicado nesta quinta-feira (6), no Diário Oficial do Estado, o edital de licitação para a concessão de uso dos três Centros de Convenções administrados pela Bahiatursa, nas cidades de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro. A concessão será intransferível e válida por 15 anos, podendo ser renovada uma única vez por mais 15 anos. No dia 9 de fevereiro próximo, às 10h30 (horário de Brasília), no CCB de Salvador, será feita a abertura dos envelopes das empresas interessadas em gerir os equipamentos.
Em 2009, foram realizadas audiências públicas para discutir a concessão dos equipamentos. Foram três encontros em Salvador, um em Ilhéus e outro em Porto Seguro. Durante as reuniões foi apresentado o relatório realizado pela empresa Indústrias Criativas, que apontou a concessão de uso como a melhor forma de gestão para os três equipamentos. Segundo o documento, grupos privados poderiam executar modelos mais rentáveis e sustentáveis de administração dos centros, tornando-os espaços superavitários e lucrativos, além de fazer os investimentos necessários.
Atualmente existem várias modalidades de gestão dos centros de convenções espalhados pelo Brasil. A maioria tem à frente empresas privadas que detêm a concessão de uso, como, por exemplo, o Riocentro, que é administrado pela GL Events, subsidiária brasileira do grupo francês GL Events, que tem a autonomia do local por 50 anos improrrogáveis.
“Essas empresas investem muito na modernização dos equipamentos, permitindo assim que se tornem mais competitivos em termos de mercado. A Bahia figura no 3° lugar no ranking nacional em realização de eventos e acreditamos que a concessão de uso vai ajudar bastante na manutenção dessa liderança”, avalia a presidente da Bahiatursa, Emilia Silva.
Estado gasta R$ 4 milhões com manutenção
Segundo o diretor de Administração e Finanças da Bahiatursa, Celso Zallio Coelho, anualmente o Governo do Estado tem um prejuízo de R$ 4 milhões para manter os três centros. “Os equipamentos se tornaram espaços para eventos locais, estão sendo subutilizados, não atendem ao objetivo principal que é desenvolver o turismo de negócios e a atração de congressos, feiras, simpósios, seminários nacionais e internacionais. Além disso, com a concessão de uso, o governo deixa de ter despesas com a manutenção e ainda passa a ganhar com a anuidade que será paga pela empresa vencedora, estimada inicialmente em R$ 2.450.000,00. Dessa maneira, daremos um salto na atração de congressos nacionais, internacionais, além de fomentar o turismo de negócios por um todo na Bahia.”, destacou Coelho.