Política

Rui elogia discurso de técnico do Bahia contra racismo: 'Verdadeira aula'

"Que relatos como o dele sirvam para fortalecer a luta por igualdade racial no Brasil", acrescentou.

Torcedor do Bahia, o governador Rui Costa (PT) elogiou o discurso do técnico do time, Roger Machado, contra o racismo. Para o petista, Machado deu “uma verdadeira aula” sobre o tema durante entrevista coletiva no sábado (12), após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense no Maracanã. “Roger Machado, técnico do Bahia, deu uma verdadeira aula sobre racismo estrutural, sobre as consequências da falta de oportunidades, além da importância do respeito no futebol. Que relatos como o dele sirvam para fortalecer a luta por igualdade racial no Brasil, conscientizar as pessoas, já que às vezes parece que estamos retrocedendo avanços. Racismo fere. Racismo mata. Racismo é crime e precisamos combate-lo!”, ressaltou em sua página no Instagram. Sobre o racismo, Roger Machado afirmou que há um preconceito “estrutural”, “institucionalizado”. “Com relação à campanha, não deveria chamar atenção ter repercussão grande dois treinadores negros na área técnica, depois de ser protagonistas dentro do campo. Essa é a prova que existe o preconceito, porque é algo que chama atenção. A medida que a gente tenha mais de 50% da população negra e a proporcionalidade não é igual. A gente tem que refletir e se questionar. Se não é há preconceito no Brasil, por que os negros têm o nível de escolaridade menor que o dos brancos? Por que a população carcerária, 70% dela é negra? Por que quem morre são os jovens negros no Brasil? Por que os menores salários, entre negros e brancos, são para os negros? Entre as mulheres negras e brancas, são para as negras? Por que que, entre as mulheres, quem mais morre são as mulheres negras? Há diversos tipos de preconceito. Nas conquistas pelas mulheres, por exemplo, hoje nós vemos mulheres no esporte, como você, mas quantas mulheres negras têm comentando esporte? Nós temos que nos perguntar. Se não há preconceito, qual a resposta? Para mim, nós vivemos um preconceito estrutural, institucionalizado”, disse o técnico.

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