Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) entra em semana decisiva para tentar fazer seu sucessor na casa. O democrata está sob pressão desde o último dia 6, quando sofreu derrota no STF (Supremo Tribunal Federal) que poderia permitir sua reeleição. Com a demora do STF em analisar o chamado “drible na Constituição”, que avaliou a possibilidade de reeleição no Congresso, Maia demorou de anunciar um nome forte para sua sucessão, o que agravou o mal-estar entre aliados e pré-candidatos que vinham sendo apontados como opção para enfrentar o deputado Arthur Lira (PP-AL), que conta com o trunfo de ser apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, seis nomes circulavam como candidatos que poderiam receber a bênção de Maia e se contrapor a Lira. Desses, dois sempre foram os favoritos do presidente da Câmara para sucedê-lo: o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, e o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP).
Apesar da predileção, Maia não deixou de fazer acenos ao vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), visto como um nome que poderia transitar bem no governo. Também fez sinalizações a um colega de partido, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), além de ao presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), e ao deputado Marcelo Ramos (PL-AM). A demora em escolher um nome reforçou em alguns deputados a percepção de que, no fundo, o presidente da Câmara tinha esperança de receber o aval do Supremo para concorrer. Assim, se apresentaria como a solução de consenso que poderia enfrentar Lira e blindar a Casa de avanços do Executivo. *As informações são da Folha de S.Paulo)