Dilton e Feito

Reforma de Obama não convence

Um discurso que levou o Governo alemão, através do porta-voz de Angela Merkel, a lamentar que não tenham sido anunciadas “mais protecções à privacidade dos não norte-americanos”.

O controverso software da espionagem norte-americana que permite coleccionar os registos telefónicos de milhões de pessoas dentro e fora do país não será suspenso nem modificado, anunciou Barack Obama num discurso em que abordou as polémicas práticas da Agência de Segurança Nacional (NSA na sigla em inglês) denunciadas por Edward Snowden há sete meses. O Presidente norte-americano acredita que o programa torna o país “mais seguro” e garante não ter encontrado provas de que os agentes da NSA “procuram violar a lei ou atropelar os direitos civis dos seus concidadãos”. Mas por reconhecer a necessidade de “garantir as liberdades civis e a protecção da privacidade exigida na Constituição”, Obama anunciou a aceitação de dezenas das 46 recomendações feitas em Dezembro por uma comissão presidencial formada para analisar a situação. A principal alteração passa pelo armazenamento da gigante base de dados que acumula os registos telefónicos de milhões de pessoas, dentro e fora do país. Um discurso que levou o Governo alemão, através do porta-voz de Angela Merkel, a lamentar que não tenham sido anunciadas “mais protecções à privacidade dos não norte-americanos”. E o jornalista britânico Glenn Greenwald, que publicou no The Guardian as revelações de Snowden, a considerar que esta é mais “uma reforma cosmética” que pretende “estancar o descontentamento popular enquanto mantém o sistema inalterado”. Com informações de Nuno Escobar de Lima.
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