O publicitário baiano Nizan Guanaes aceitou convite do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para fazer uma campanha explicando a transparência do processo eleitoral e a segurança da urna eletrônica.
De acordo com informações do Correio, Nizan não vai ser pago pelo trabalho e também vai organizar uma equipe com voluntários para a execução da peça, com todo custo sendo pago pelo setor privado. “Essa é a festa da democracia. Quando o país chama, a gente não pode negar”, afirma o publicitário. “O voto eletrônico é o pix da democracia”
A campanha acontece em meio a ataques constantes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao atual método de eleição, com a urna eletrônica. Proposta cara a Bolsonaro, a PEC que propõe o voto impresso será levada ao plenário da Câmara depois de ser rejeitada por uma comissão especial, confirmou o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), na sexta-feira.
Por conta dos posicionamentos do presidente, o TSE aprovou por unanimidade abrir um inquérito administrativo para apurar se o presidente praticou abuso de poder econômico e político e uso indevido dos meios de comunicação em uma live com uma série de ataques sem provas contra a Justiça Eleitoral, transmitida por TV pública. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro como investigado no inquérito das fake news, no STF.
Depois disso, Bolsonaro ainda compartilhou um inquérito sigiloso e ainda em andamento da Polícia Federal sobre as eleições de 2018 para apurar uma denúncia de que uma pessoa teria acessado o código de programação das urnas, afirmando que o sistema é violável. Em entrevista a uma rádio, Bolsonaro disse que o próprio TSE admitia a fraude.
O inquérito, contudo, não conclui que houve fraude ou que poderia ter acontecido alteração dos resultados. Em nota, o TSE diz que o próprio tribunal encaminhou à PF informações necessárias para apuração do fato e a investigação ainda corre de maneira sigilosa. A PF “nunca comunicou ao TSE qualquer elemento indicativo de fraude”, diz a nota. “Embora objeto de inquérito sigiloso, não se trata de informação nova”, acrescenta, dizendo que o acesso indevido investigado não representou nenhum risco às eleições. “Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu”, destaca.
Além disso, o código-fonte é acessível o tempo todo aos partidos políticos, OAB, PF e outras entidades que fazem parte do processo eleitoral. “Uma vez assinado digitalmente e lacrado, não existe a possibilidade de adulteração. O programa simplesmente não roda se vier a ser modificado”. (As informações são do site Política Livre)