Há dois meses, o projeto que regulamenta os direitos dos empregados domésticos espera por votação na Câmara dos Deputados sem a perspectiva de sair do papel.O projeto chegou para a análise dos deputados em 17 de julho. Desde 4 de agosto, está pronto para entrar na pauta do plenário sem a necessidade de passar pelas comissões permanentes. Até agora, a Câmara não formalizou a indicação do deputado que vai relatar a proposta, embora seu presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), já tenha definido que será a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG). Sem a votação do projeto, a emenda constitucional aprovada em abril pelo Congresso que ampliou os direitos dos domésticos permanece sem valer de forma plena, uma vez que diversas mudanças ainda precisam de regulamentação para entrar em vigor. Embora a promessa de Alves seja acelerar a votação do projeto no plenário, um grupo de deputados quer levá-lo para a análise de ao menos duas comissões permanentes da Câmara. Há quatro requerimentos que pedem a devolução do projeto às comissões. Autora de um dos pedidos, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que a análise do projeto tem que ser criteriosa porque há "ajustes" a serem feitos no texto que passou no Senado."Vamos começar a conversar com a categoria para que possamos discutir o que não ficou claro no texto." Como o projeto foi aprovado por comissão especial do Congresso, ele pode ser analisado diretamente pelo plenário. Mas a pressão de sindicalistas sobre os deputados deve retardar a análise. Os sindicatos dos domésticos defendem mudanças como a inclusão de imposto sindical recolhido por patrões e empregados. As informações são da Folha.
Dilton e Feito
Projeto que regula direito de domésticos para na Câmara
Sem a votação do projeto, a emenda constitucional aprovada em abril pelo Congresso que ampliou os direitos dos domésticos permanece sem valer de forma plena
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