Dilton e Feira

Prisões brasileiras são um inferno, diz Barbosa em Londres

"Horror é a palavra mais adequada para definir o sistema prisional brasileiro. O governo federal tem um papel pequeno nas prisões. Elas são, em sua maioria, controladas pelos governos estaduais, que só buscam dividendos políticos", acrescentou Barbosa.

Diante de uma plateia de mais de 250 pessoas na Universidade King's College, em Londres, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, classificou as prisões brasileiras como "um inferno" e creditou a precariedade do sistema prisional à falta de vontade política de governantes locais. "As prisões (no Brasil) são como o inferno. Os políticos não se importam, pois (delas) não há retorno político: votos", afirmou ele durante uma palestra promovida pelo King's Brazil Institute, departamento de estudos brasileiros da universidade britânica. "Horror é a palavra mais adequada para definir o sistema prisional brasileiro. O governo federal tem um papel pequeno nas prisões. Elas são, em sua maioria, controladas pelos governos estaduais, que só buscam dividendos políticos", acrescentou Barbosa, que não mencionou nomes de governantes. Segundo Terra, para exemplificar o que chamou de "natureza explosiva das prisões brasileiras controladas por organizações criminosas", o presidente do STF citou o caso da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, onde mais de 60 presos morreram em 2013.
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