Arthur era um executivo bem-sucedido da área de publicidade. Depois de três promoções em cinco anos, ele agora cumpria uma jornada de trabalho mais longa do que nunca. Estava cada vez mais próximo do topo e quase podia sentir o gostinho do poder. Semanas de seis dias com muitas horas extras não bastavam, e ele começou a levar trabalho para casa.
Quando acordou no hospital após uma cirurgia para instalação de três pontes de safena, começou a fazer uma reavaliação de sua vida. Durante as três semanas de convalescença, sua família e seus amigos próximo passaram mais tempo com ele do que haviam passado em décadas. Ele gostou disso.
A esposa de Arthur conversou muito com ele, perguntando se ele realmente era obrigado a trabalhar tanto. Eles precisavam de mais dinheiro? Era tão fundamental assim conseguir outra promoção? Arthur, desafiado a pensar realmente sobre sua vida – algo que nunca fizera quando estava absorvido pelo trabalho -, percebeu que tinha mais do que precisava que a oportunidade de reaproximar-se de sua família era o maior presente que poderia receber e que, nesse sentido, a doença fora, por assim dizer, uma dádiva.
Nós nos esquecemos muitas vezes de parar e pensar onde começamos e onde estamos agora. A tendência humana é sempre querer mais. Por isso é tão importante nos darmos conta do que temos e do que conseguimos alcançar durante a vida.