Em alusão ao mês do dezembro vermelho, campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017, que marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a representante da Associação Juntos pela Vida, Josefa Faria dos Anjos, utilizou a Tribuna Livre da Câmara Municipal nesta quarta-feira (1º), para solicitar aos vereadores, o apoio e incentivo aos projetos voltados para a prevenção e conscientização das doenças sexualmente trasmissíveis. Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente destacou que existem aproximadamente 3 mil portadores de IST no município.
“Não sabemos o índice ao certo, mas acredito que são, aproximadamente mais de 3 mil pessoas com HIV. Todos os dias surge um paciente novo e também, perdemos mais pessoas para a doença. O objetivo hoje foi sinalizar que a Aids não existe só neste mês, existe em todos os meses. Muitas pessoas, neste momento, estão sendo contaminadas com o vírus da Aids. Mas aqui na Câmara podem sair os projetos, aqui pode -se evitar que as pessoas sejam contaminadas. Aqui pode sair um apoio maior para aquelas pessoas que não têm emprego. Essa é a principal causa de estar aqui, sinalizar. A pessoa viver cm HIV e Aids não é errado, não pode se esconder. Sou a voz e o rosto dessas pessoas, tento lutar por estas pessoas porque também é uma causa minha, é a minha dor e atrás de vim temos muitas pessoas”, frisou.
Utilizado para evitar que o vírus da Aids se multiplique desordenadamente no portador, os “coqueteis antiaids”, medicamentos antirretrovirais, ainda não são suficientes para combater a doença. De acordo com Josefa, ainda é preciso, através de recursos, alimentação e atendimento de qualidade aos portadores de IST.
“Neste período de pandemia tanto houve um aumento de casos, como a necessidade das pessoas que vivem sem recuso nenhum, e o município, de certa forma, não dá esse apoio. Você não vive de um coquetel, o coquetel é para amenizar o vírus, você precisa de alimentação. O coquetel vem do governo federal, mas precisamos de mais exames de rotina nos postos de saúde, precisamos ficar rodando os postos em busca de atendimento. Tenho acompanhado todo ano as campanhas em Feira de Santana, porque você vê que no outubro rosa, no novembro azul há uma sinalização nas ruas com luzes, o dezembro vermelho, não. Só aquele pedido “use camisinha” não é suficiente. As pessoas precisam reconhecer que há um vírus, que ele está aí e que ele mata”. (Por Maylla Nunes, com informações do repórter Paulo José)