Política

Votação para decidir projeto de reajuste salarial dos servidores deve acontecer quarta (13), diz presidente da Câmara

A presidente da Câmara ressaltou ao Acorda Cidade que a bancada do governo está orientada pelo prefeito a seguir o veto.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, vereadora Eremita Mota (PSDB), rebateu as alegações do prefeito Colbert Martins que foram feitas na manhã desta quarta-feira (6), em entrevista ao Acorda Cidade, afirmando que o projeto original em relação ao salário dos servidores chegou à Câmara Municipal com os 4%, mas foi alterado pela Casa com a aprovação de duas emendas.

De acordo com Eremita Mota, as emendas foram aprovadas por unanimidade, estendendo os 4% também aos segmentos de endemias e aos professores. No entanto, o prefeito vetou integralmente o projeto, indicando, segundo a vereadora, uma mudança de posicionamento em relação ao aumento salarial.

“Prefeito, vossa excelência está perdido. O projeto chegou a essa Casa dando os 4% normal, projeto original do prefeito. Esse projeto recebeu duas emendas aprovadas pela Casa, por unanimidade dos presentes, dando também os 4% para o segmento de endemias e aos professores. Após aprovadas, devolvemos para o prefeito, como manda a lei. O prefeito devolveu à Câmara o projeto. Vetou tudo, ou seja, ele quis dizer, ‘olhe Câmara, olhe população, eu não quero mais dar esse aumento. Eu vetei o projeto’. O que é que nós vamos fazer? Pegar esse veto, que ele vetou o projeto todo, colocar em votação quarta-feira. Acredito que muitos segmentos da sociedade estão se mobilizando para também aqui, conclamar aos vereadores que aprovem. Para a população apreciar a votação dos vereadores aqui na Casa. Então quarta-feira nós vamos fazer essa votação aqui. A bancada do governo vai dizer sim ao veto dele ou não”, afirmou.

A presidente da Câmara ressaltou ao Acorda Cidade que a bancada do governo está orientada pelo prefeito a seguir o veto, o que configura um impasse entre o poder Executivo e Legislativo. Eremita Mota também revelou que na semana anterior, ao tentar votar os vetos das emendas, não houve quórum devido à interferência do prefeito, que teria reunido os vereadores na prefeitura para impedir a votação.

“Semana passada eu coloquei em votação o veto das emendas e não tive quórum. Ele ficou reunido com os vereadores lá na prefeitura, segurou os vereadores para não virem votar porque era para ter votado os dois vetos das emendas desde a semana passada, na quinta-feira. Então ele proibiu os vereadores e terminou esvaziando a sessão. Tanto a ordinária de manhã como a extraordinária que nós fizemos às 11 horas com um plenário cheio de funcionários esperando a votação. Era simples assim, ele orientava a bancada, a bancada derrubava o veto das emendas e o projeto tocava. Ele preferiu vetar o projeto todo. Mais uma vez, ele tenta ludibriar a inteligência dos outros, é subestimar a inteligência das pessoas. Prefeito, por favor, é melhor passar a informação correta, não ter que estar criando factóide para que as pessoas fiquem confusas.” (Por Iasmim Santos, com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade)

Leia também: Prefeito de Feira de Santana diz que acionará Justiça para garantir votação de reajuste salarial dos servidores

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