Presença de plantas em casa durante a quarentena melhora a saúde mental

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Em meio a uma pandemia que impactou a vida de todos, alguns novos hábitos surgiram entre os brasileiros, como o da jardinagem, ao comprar e cultivar plantas em casa. Em alguns estudos, os pesquisadores mostram que a prática está ligada a uma ascensão do bem-estar e da saúde mental das pessoas que dedicam tempo aos cuidados com as flores.

A estratégia, inclusive, já fazia parte da decoração de escritórios e hospitais brasileiros. “A ciência nos mostra que mexer com a terra traz ganhos contra ansiedade, depressão e até doenças como diabetes e hipertensão“, conta a nutricionista Luciana Tomita, uma das idealizadoras do projeto, que inseriu uma horta comunitária no terraço da faculdade de medicina da Unifesp.

Isso acontece porque o contato direto com a terra pode descarregar as energias negativas e aumentar a serotonina no organismo. O neurotransmissor, por sua vez, é responsável por regular o humor, sono, apetite, sensibilidade à dor, entre outras coisas, além de felicidade e bem-estar.

Mesmo antes da sobrecarga psicológica gerada pelo novo coronavírus, os brasileiros já eram os mais ansiosos do mundo, com 9,3% da população – cerca de 18,6 milhões de brasileiros têm algum transtorno de ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De forma voluntária, mesmo sem o conhecimento sobre o assunto, uma parcela da população adquiriu flores e plantas, por meio de floriculturas online, para enfeitar a casa e ficar perto da natureza enquanto não era possível sair. Para o jardinista e personal gardener Ramon Cossuol, essa demanda aumentou porque as pessoas têm sentido falta do verde e da natureza.