Diante dos problemas enfrentados pelo município de Feira de Santana após as fortes chuvas, o prefeito Colbert Martins Filho, voltou a fazer um apelo à Câmara Municipal para a votação de um empréstimo, no valor de R$165 milhões, para a aplicação em obras de drenagem na área urbana do município.
Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta terça-feira (30), Colbert Martins Filho citou que há mais de um ano aguarda a análise do projeto e pediu para que a presidente da Câmara, Eremita Mota, possa colocá-lo em votação.
“São problemas frequentes que nós enfrentamos, existem situações em que a drenagem não foi feita, uma das formas de drenagem é a superficial, onde existe uma declinação, não precisa haver o subterrâneo, porque ela pode escoar pela área superficial pelo meio fio. Na Artêmia Pires, temos áreas completamente planas e tem que ter drenagem, é por isso que tenho solicitado há um ano investimentos para fazer uma drenagem profunda. Algumas drenagens como Humildes que nós fizemos, não alagou neste ano, mas temos limites e por isso que eu peço que a presidente coloque em votação para que nós possamos investir esse R$165 milhões em drenagens urbanas em Feira de Santana. Mandamos o projeto para Brasília e praticamente está aprovado, esses valores são valores iniciais. São empréstimos necessários. Tenho certeza que os vereadores vão aprovar caso coloque em votação. É importante esse investimento para a cidade que depende do poder legislativo”, frisou.
Em contrapartida ao pedido do prefeito Colbert Martins, a presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, a vereadora Eremita Mota, também em entrevista ao Acorda Cidade, declarou que o empréstimo só será votado após os esclarecimentos sobre onde estes recursos serão aplicados. Ainda segundo a presidente, não será dado ‘um cheque em branco’ à prefeitura.
“O prefeito Colbert Martins não toma providências de como ele utiliza os recursos, a capacidade de gerência, o tipo de serviço que ele deseja fazer com o empréstimo. Como um prefeito quer tomar um empréstimo de $80 milhões de dólares em um banco? a cidade é quem vai pagar por isso. Ele manda duas folhas de papel para a Câmara e nem sequer explica em que banco fará o empréstimo, não especifica onde ele vai trabalhar esse dinheiro. A lei diz que o prefeito deve fazer a gerência deste dinheiro. Não tenho a obrigação de dar nenhum cheque em branco ao prefeito para ele não dizer onde ele vai colocar. Uma hora ele diz que vai fazer viaduto, outra hora, tal serviço, depois para um hospital. Já fiz um apelo na Câmara e reforço aqui, é só ele pegar o valor do projeto e colocar detalhadamente onde ele deverá usar. Se ele colocar isso, a gente vota. Eu não crio problemas, eu só quero o certo. Temos vários projetos que foram oriundos de empréstimos que estão aí. Cadê o projeto centro? o BRT? Ele se aproveita de uma chuva dessa onde centenas de pessoas estão desabrigadas para pedir empréstimo. São drenagens mal feitas e há secretário há mais de 20 anos na prefeitura. Faça o planejamento direitinho e assuma onde vai gastar o dinheiro, que assim, a gente vota. Não sou irresponsável”, reforçou.
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