Algumas pessoas reclamaram que, durante a realização do Esquenta Micareta no distrito de Maria Quitéria, em Feira de Santana, foram atingidas por um agente químico em gás utilizado para dispersão, conhecido popularmente como spray de pimenta. O fato teria ocorrido nos momentos finais do show realizado no sábado (26).
O tenente-coronel Muller, responsável pelo Comando de Policiamento da Região Leste (CPR-L), em Feira de Santana, informou que ainda durante a madrugada deste domingo (27), tomou conhecimento de que o grupo procurou um posto policial montado no espaço do Esquenta, ainda durante a festa, para reclamar que teria inalado o gás.
“De imediato, as guarnições providenciaram o acolhimento e o socorro dessas pessoas que se queixaram de haver inalado o gás. Porém, o oficial que estava à frente da tropa buscou informações se algum policial militar havia borrifado o agente químico próximo às pessoas. E não tivemos uma resposta positiva nesse caso”, disse Muller.
O tenente-coronel explicou que, mesmo sem a possibilidade de averiguar se realmente o spray foi utilizado por um PM, todos os policiais que estavam em serviço foram deslocados até a sede do batalhão em Feira de Santana para uma conversa mais cuidadosa e, ainda assim, não ficou comprovado que o spray partiu de algum agente.
“Ninguém com quem tenhamos tido contato declarou que quem borrifou o agente químico próximo às pessoas foi um policial militar de serviço. Cumpre esclarecer que o popular gás de pimenta é comercializado livremente pela internet e em alguns canais de compra direta. De sorte que não temos elementos de convicção que nos permitam dizer que quem fez uso do agente foi um policial militar”, disse.
Muller finalizou informando que está buscando esclarecer o que realmente aconteceu e que foi determinado o auxílio do Major Reis na busca das imagens das câmeras de videomonitoramento para ver se é possível identificar de onde partiu a ação. Por ora, o tenente-coronel prega cautela.
“Será recomendado o maior cuidado do que é habitual por parte dos policiais militares, mesmo sabendo que todos já têm conhecimento de que é proibido usar agente químico em eventos populares dessa natureza e nessas circunstâncias, quando não há indicativo de algum tipo de confusão, popularmente falando, que justifique o emprego de força ou até mesmo de agente químico”, concluiu o tenente-coronel.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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