O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), destacou hoje (11) que o seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) sempre foi crítico do programa de transferência de renda Bolsa Família. "Se tem alguém que criticou o Bolsa Família e, de certa maneira, humilhou os seus beneficiários, ao longo dos últimos 10 anos, foi o meu adversário. Não é fake news, basta ver na internet as frases que ele pronuncia sobre nordestinos que recebem o Bolsa Família", disse Haddad, lembrando que seu adversário se referiu de forma "muito agressiva" aos beneficiários do programa.
Debate
Segundo a Agência Brasil, Haddad voltou a questionar a ausência de Bolsonaro nos debates, criticando o fato de ele conceder entrevistas, mas não participar de situações em que sejam colocados frente a frente. Em entrevista, o candidato do PSL afirmou que pretende participar de dois debates. Na próxima quarta-feira (18), ele será submetido a novos exames médicos. "Eu sou leigo no assunto [médico], mas me parece contraditório uma pessoa não poder debater, mas poder dar entrevista. Uma entrevista é um debate com o jornalista, qual a diferença entre um debate com jornalista e com um adversário?", afirmou Haddad, ressaltando que, da sua parte, trataria o candidato com deferência e respeito.
Pesquisa
Questionado sobre o resultado da pesquisa divulgada ontem (10) pelo Instituto Datafolha, que apontou Jair Bolsonaro com 58% dos votos válidos contra 42% de Haddad, o candidato do PT afirmou que pode reverter a vantagem do adversário no segundo turno. "Em 30 dias, eu saí de 4% e estou com 42% dos votos válidos na pesquisa (…). Quem saiu de 4% para 42% tem chance de chegar a 50% ou mais com duas semanas de trabalho." Haddad recebeu apoio do PSB e citou o empenho dos governadores Ricardo Coutinho (Paraíba) e Paulo Câmara (Pernambuco) em sua campanha. PDT e PSOL também declararam apoio formal no segundo turno. "Eu penso que as forças democráticas estão ganhando impulso nesse segundo turno. Chegamos na quinta[-feira] com rol de personalidades e de pessoas que percebem o risco que a democracia no Brasil está correndo, então é uma grata satisfação ter tido o apoio dos governadores Ricardo Coutinho, do Paulo Câmara, do Ciro Gomes, do Guilherme Boulos. São pessoas de referência na sociedade."