Além de seu irmão, Lúcio, que anunciou estar se desligando da vida pública, o ex-ministro Geddel Vieira Lima também assinou sua ficha de desfiliação do MDB, segundo relatos, com lágrimas nos olhos. O documento foi entregue ao ex-ministro por seu advogado no Centro de Observação Penal, presídio de passagem para o qual foi transferido em Salvador desde dezembro do ano passado. O MDB foi o único partido da vida de Geddel, onde construiu sua carreira política vitoriosa até o episódio da prisão, em 2017, depois da descoberta do bunker de R$ 51 milhões atribuídos a ele. A iniciativa é a maior prova de que o presidente da Câmara Municipal, Geraldo Jr., está disposto a lutar pela indicação de vice na chapa do atual vice-prefeito Bruno Reis (DEM), apoiado por ACM Neto (DEM). Ela foi combinada entre os irmãos e ele para vencer a resistência de ACM Neto a qualquer tipo de aproximação formal de seu candidato com o MDB da Bahia. A aversão de Neto à legenda, por causa da associação do sobrenome Vieira Lima a investigações de corrupção, foi descoberta durante a pré-campanha ao governo, em 2018, a qual o prefeito resolveu não disputar. Uma das exigências de Neto fora a de que o MDB só fizesse parte da coligação de partidos que o apoiariam à sucessão estadual se Lúcio se desligasse oficialmente da agremiação. Agora, decididos a entregar o comando da sigla a Geraldo Jr., que deve assumir, inclusive, a presidência do partido no plano estadual, os Vieira Lima tomam a iniciativa com antecedência exatamente para lhe evitar constrangimentos. Por decisão de Bruno e do prefeito, Geraldo Jr. poderia escolher entre ser indicado candidato a vice ou ter o apoio à presidência da Câmara na próxima legislatura. A proposta fora feita, no entanto, muito antes de sua mudança do Solidariedade para o MDB, na última sexta-feira, por exigência da legislação eleitoral, quando PDT e Republicanos se mostraram opções inviáveis de filiação. As informações são do Política Livre.
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Para facilitar indicação de Geraldo Jr. a vice de Bruno, Geddel se desfilia do MDB
O documento foi entregue ao ex-ministro por seu advogado no Centro de Observação Penal, presídio de passagem para o qual foi transferido em Salvador desde dezembro do ano passado.
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