Uma paciente estressada procurou um médico. Descreveu tudo que tinha de fazer, desde a hora em que acordava até a hora de deitar. Uma das tarefas era arrumar a cama. O psicólogo sugeriu que experimentasse não fazê-lo durante semanas. Ela reagiu horrorizada, mas aceitou a idéia. Duas semanas depois voltou ao consultório radiante. Deixou a cama desfeita, pela primeira vez, em 24 anos e nada aconteceu.
A história ilustra importante princípio na administração: ninguém pode fazer tudo. Cada um de nós tem de fazer escolhas e aceitar negociar. O problema é que muitos colocam a si mesmos e a saúde em último lugar. Cuidam melhor de suas casas e carros do que de si mesmos. Isso pode até acontecer, se for ocasional e houver equilíbrio. A maior parte dos que vivem assim desgastam-se e perdem o controle.
O trabalho antes da saúde e do lazer; logo virá o trabalho em vez da saúde e do prazer. As pessoas vivem ocupadas e sem tempo, param de se exercitar ou pulam as refeições, passam a dormir menos. Logo, ficam ocupadas demais para visitar os amigos, deixam de ler ou de exercitar-se no seu esporte favorito.
Não se engane: as máquinas de fax e telefones celulares não economizam tempo, apenas aceleram o já movimentado ritmo de vida. É a fórmula de fazer mais em menos tempo, quando deveríamos fazer menos e aproveitar mais. Passa-se pela vida em alta velocidade, sem ver, sem usufruir nada…
A solução é estabelecer prioridades. Decidir o que se quer na vida e colocar em primeiro lugar.
Resumindo: preencha a maior parte do tempo com as tarefas agradáveis e trate de fazer prazerosamente o que tem de fazer. Você, certamente, não consertará o mundo sozinho. Ponha o seu nome na lista das pessoas que você está querendo fazer felizes.
Numa vida sadia é preciso incluir refeições, passeios, esportes, visitas a amigos, tempo para a família. Enfim, não se esqueça de viver. A vida é curta demais para desperdiçá-la. O objetivo é o equilíbrio. A chave é a flexibilidade. Se você acha que vale a pena, comece agora.
Mensagem retirada do livro: A arte de escolher, de Dom Itamar Vian e Frei Aldo Colombo.
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