O senador Otto Alencar, integrante da CPI da Covid, criticou o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que acontece durante esta quarta-feira (19) no Senado, em Brasília. O parlamentar disse que o general está “faltando muito com a verdade” e que foi à CPI para eximir o presidente Jair Bolsonaro de qualquer tipo de culpa.
“Ele está faltando com a verdade para eximir o presidente de culpa. Está faltando muito com a verdade, está sendo evasivo, confuso. Ele não permitiu que se pegasse oxigênio na Venezuela, não sabia sobre a quantidade de dias que faltou oxigênio em Manaus. Ele não tem conhecimento nenhum. Mostrou desconhecimento sobre a hidroxicloroquina, eu na condição de médico rebati ele. Colocaram alguém com a venda nos olhos no Ministério da Saúde”, ressaltou.
Durante o depoimento, Eduardo Pazuello disse que o estoque de oxigênio hospitalar em Manaus ficou negativo durante três dias em janeiro, o que gerou indignação em alguns senadores, como Eduador Braga. “Quando a gente observa os mapas, a gente vê que a White Martins [empresa que fornece o oxigênio] começa a consumir seus estoques já no fim de dezembro. Então ela tem um consumo, uma demanda e começa a entrar no negativo, e esse estoque vai se encerrar no dia 13 [de janeiro], quando acontece uma queda de 20% na demanda e no consumo do estado. No dia 15, já voltou a ser positivo, o estoque de Manaus”, afirmou Pazuello.
O ex-ministro ressaltou que foi informado pelas autoridades do Amazonas sobre a falta de oxigênio hospitalar no estado no dia 10 de janeiro. “Não alertaram [antes], apenas no dia 10 à noite, pessoalmente. Eu acredito que as medidas possíveis a partir do dia 10 foram executadas, todas executadas”, salientou. Questionado sobre o motivo de sua saída do Ministério da Saúde e sua substituição pelo médico Marcelo Queiroga, Pazuello disse que sua missão na pasta estava “cumprida”. (Com informações do site Bahia.Ba)