Uma lenda chinesa conta a história de um príncipe que conseguira vencer todos os inimigos, menos a velhice, e decidiu instituir o Reino Juvenil, onde a juventude e a força prevaleceriam. Assim, baixou uma lei condenando seus súditos à morte, quando passassem a apresentar sinais de velhice. No entanto, depois que ala entrou em vigor, o príncipe não mais se sentiu feliz.
Disfarçado, visitou as menores localidades de seu reino, em busca de um rosto onde pudesse estar estampado a vida e a felicidade. E foi encontrar esse rosto numa cabana das montanhas, onde um pastor não cumpria a ordem do príncipe e escondera sua velha mãe. Ao contemplar seu rosto, conversando com ela, o príncipe reencontrou a paz perdida, reconhecendo que seu reino precisava tanto da força juvenil como da experiência e serenidade dos velhos.
O conflito de gerações sempre existiu e sempre existirá. É a lei da vida e do tempo que passa. A história não é um museu de coisas paradas, mas um contínuo caminhar. E nesta caminhada é necessário a experiência dos velhos e ímpeto dos novos. Sem os velhos, este mundo seria inexperiente, desorganizado e inseguro. Sem os jovens, a caminhada seria monótona e triste.
Uma senhora de 65 anos, mãe de cinco filhos, parecia Ter dado resposta à altura. Depois de passar vinte anos cuidando de um albergue juvenil e se relacionando muito bem com os jovens, deu-se conta de que não dialogava com os filhos. Ela e o marido tiveram um estalo: evitavam o diálogo temendo que os filhos descobrissem suas fraquezas.
Os pais não tem obrigação de ser perfeito, de saber tudo. Sinceridade e humildade são condições para dialogar com os filho. Duas conclusões práticas está na hora de deixar de falar em diálogo e dialogar, dialogar é sobretudo ouvir.
Mensagem retirada do livro de Dom Itamar Vian