De 14 a 20 de agosto, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – acontece a Semana Nacional da Família que neste ano, tem como tema: “Amor familiar, vocação e caminho de santidade”. Nossa família pode não ser aquela que sonhamos. Nossos pais podem não ser os melhores. Não importa. Carregamos pela vida esta certeza: A família é o melhor lugar do mundo.
A PESSOA humana vive sua primeira e fundamental experiência de ser amada e de amar, na família. Essa experiência, ou a falta dela, a pessoa carrega pela vida afora marcando positiva ou negativamente todos os seus relacionamentos humanos, sociais e religiosos. A família é um espaço de encontro de amor entre pessoas de várias gerações.
ATUALMENTE, as ciências humanas nos ensinam que os primeiros anos são os mais decisivos na educação das crianças. Até os seis anos de vida da criança, se implantam, na sua personalidade, valores humanos, cívicos e cristãos, que vão orientá-la e estimulá-la pelo resto da vida. Certamente, nos anos posteriores, novos valores deverão ser acrescentados, mas dificilmente terão as mesmas consequências.
OS PAIS, por natureza e missão, são os primeiros educadores de seus filhos. Nunca deveriam delegar esse dever e direito a outros, seja aos parentes, às babás, à escola ou, pior ainda, à televisão e redes sociais. Essas instâncias podem e devem ajudar ou complementar, mas não assumir o que é dever educativo fundamental dos pais e da família como um todo.
A FAMÍLIA é responsável pela visão do mundo transmitida às futuras gerações e pela maneira como seus membros se relacionam com as demais pessoas. Os pais transmitem, por meio de palavras e atitudes, a relação que os filhos terão com questões familiares, de cidadania, de religião e de fé. Os filhos observam não só os ensinamentos verbais, mas particularmente as atitudes dos pais.
O EVANGELHO lembra duas possibilidades: Construir sobre a areia ou sobre a rocha (Mt 7,24). A areia lembra o comodismo, as aparências, o caminho fácil. Construir sobre a rocha, implica em continuar conversando, um cuidando do outro. Implica na necessidade de perdoar e pedir perdão. Implica em parar e perguntar-se: como vamos educar nossos filhos? Quando isso acontece, pode-se afirmar que a família está sendo o caminho de santidade e o melhor do lugar do mundo.
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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