Mensagens inéditas da Vaza Jato divulgadas pela Carta Capital, nesta terça-feira (25), mostram que os procuradores da Lava Jato consideravam Ciro Gomes e seu irmão Cid como inimigos políticos a combater. O pré-candidato à presidência, em especial, é crítico contumaz da operação e da atuação de Sergio Moro.
De acordo com a publicação, os diálogos em questão ocorreram no dia 13 de fevereiro de 2019, em um grupo chamado “Filhos do Januário 4”. Na ocasião, sem qualquer motivo aparente, a procuradora Laura Tessler enviou uma mensagem no grupo perguntando se havia algo contra Ciro. “Pessoal, na linha da ideia do ‘arrastão cível’, alguém lembra de colaborações que envolvam Ciro e Cid Gomes? Lembro do Ciro falando que nos esperaria a bala…”, escreveu.
Um colega, Felipe D’Elia Camargo, respondeu que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, citou o nome do cearense em sua delação, mas depois voltou atrás. “Tava louquinha pra fazer uma visita pra ele (sem levar bala, óbvio, rds)”, respondeu Tessler. A procuradora Jerusa Viecilli, então, diz: “Acordo da Galvão tem” e Laura Tessler comemora a notícia: “Massa!”.
Segundo a Carta Capital, não havia propósito investigativo para as investidas contra Ciro, mas sim o uso de investigações como armas a serem usadas contra críticos dos trabalhos dos procuradores, buscando um pretexto para que a Polícia Federal fosse acionada contra o desafeto.
Fonte: Bahia.Ba