Segurnaça

Não acontece só na Bahia, diz governador sobre ‘pedágio’ imposto por facções

Jerônimo Rodrigues voltou a citar compra de viaturas, armamentos e equipamentos de proteção e de inteligência como forma de enfrentar o problema.

Não acontece só na Bahia, diz governador sobre ‘pedágio’ imposto por facções

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta quarta-feira (13) que o problema da expansão de facções criminosas é uma questão que acontece hoje em todo o país. A declaração foi dada após ele ser questionado pelo bahia.ba sobre o pagamento de pedágio que criminosos vêm impondo a moradores e comerciantes na periferia de Salvador.

“Nós vamos continuar com essa intensidade de ação no âmbito da polícia. As facções têm feito um trabalho fazendo acontecer um crime com maior concentração em diversos estados do país. O governo federal está atento para isso. Não está acontecendo isso só na Bahia, mas temos a responsabilidade de cuidar de todo nosso estado. Indicadores nossos revelam que municípios têm indicadores maiores e, por isso, a gente está fazendo um esforço muito grande. Nós estamos fazendo a entrega diariamente de investimentos”, respondeu Jerônimo, citando recentes entregas de viaturas, armamentos e equipamentos de proteção e de inteligência para as polícias baianas.

Segundo reportagem publicada na segunda-feira (11) pelo jornal Correio, há cerca de dois meses integrantes de uma facção instituíram cobranças de taxas em Cosme de Farias.

De acordo com o texto, o dono de uma revendedora de gás na Baixa do Tubo foi executado no dia 28 de agosto por supostamente não pagar R$ 7 mil à facção.

Testemunhas relataram que a vítima de 69 anos tinha acabado de buscar a neta, junto com a filha, quando foi baleada na cabeça. Após a execução, donos de farmácias, casas de materiais de construção, padarias, lanchonetes, salões de beleza e outros pontos comerciais, que estavam em atraso, começaram a pagar a facção.

A atuação da facção é semelhante ao que fazem as milícias, grupos formados por policiais, ex-policiais, bombeiros e agentes penitenciários com treinamento militar.

Agentes da polícia informam ao Correio que o CV não inaugura a ação de cobrar comerciantes, mas faz uma cobrança “mais estruturada”, ampliando-a para além de comerciantes de maior rentabilidade para lucrar com pequenas e micro atividades, como a do revendedor de gás assassinado.

Fonte: Bahia.ba

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