É fato notório que o governo municipal é pouco afeito ao debate. Discussões sobre o BRT e shopping popular só ocorreram mediante pressão. O governo não se empenha para que pessoas e entidades se envolvam. Por outro lado, no pouco que se oferece de discussão, a participação é pífia. A comunidade, de modo geral, não está nem aí. As duas audiências públicas sobre o BRT foram marcadas pela participação ostensiva de duas torcidas organizadas, contra e a favor do governo. Ou seja, a prefeitura mandou para ocupar cadeiras um batalhão de secretários e ocupantes de cargos de confiança. Do lado contra, predominava militância petista, com participação significativa também do Psol. Nada contra. Todos tinham direito e legitimidade para estar ali. Mas só estes? Ninguém mais se interessa? A cidade não tem pessoas e organizações de classe, de bairro, profissionais, que se preocupem com suas escolhas, com seu rumo e seu destino? Já na terceira audiência pública, para tratar da licitação do transporte coletivo, assunto menos midiático, pouca gente foi. Entretanto, o tema era muito mais importante, porque o BRT é apenas um pedaço de um sistema maior, que causa sofrimento e gera reclamações de grande parte da comunidade. Portanto, a escassa participação popular em discussões e decisões que afetam a todos, pode até ser um desejo do governo. Mas é sobretudo uma opção da sociedade, que se omite. As informações são de Glauco Wanderley, da Tribuna Feirense.
Dilton e Feito
Na hora H, a maioria lava as mãos
No pouco que se oferece de discussão, a participação é pífia
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