O corte do Adicional de Jornada Excedente (AJE) pela prefeitura de Feira de Santana, efetuado em fevereiro, não atingiu somente os agentes de trânsito, mas também motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), segundo informações que chegaram esta semana ao vereador Sílvio Dias (PT). Ele disse que a interrupção do complemento salarial, cujo valor oscilava entre 20 a 75%, aconteceu sem comunicação prévia e surpreendeu a todos. Alguns recebiam o adicional há 20 anos por estarem em serviço em dias e horários especiais.
"Observe-se que já haviam cumprido jornada excepcional quase o mês inteiro, mas mesmo assim ficaram sem a gratificação no contracheque do mês", diz o petista. Segundo ele, os trabalhadores que dirigem as ambulâncias do órgão de atendimento médico de urgência e se encontram atuando na linha de frente da covid-19 recebem salário mínimo e o "que reforça a remuneração deles é o AJE". Em relação ao impasse com os agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT), o corte implica na ausência desses profissionais nas ruas em situações específicas necessárias para o ordenamento do tráfego aos domingos e feriados e à noite.