Saúde

Saiba como cuidar da pele durante o período de inverno; especialistas dão dicas

Em entrevista, as fisioterapeutas dermato-funcionais explicaram também sobre essa área da fisioterapia que cuida de afecções na pele.

Milena Brandão

Com a queda das temperaturas no inverno, muitas pessoas acabam relaxando em relação aos cuidados com a pele, uma vez que associam a necessidade de cuidados somente durante o verão.

Em entrevista ao programa Acorda Cidade, as fisioterapeutas dermato-funcionais, Isabela Luana e Renata Sampaio, deram dicas e explicaram a respeito dessa área da fisioterapia, que está em constante expansão. Confira:

Acorda Cidade: Quais as atuações de um terapeuta dermato-funcional?

Fisioterapeuta: Muita gente confunde com a parte do médico dermatologista mas nós atuamos na parte das disfunções de pele, diretamente nas questões faciais e corporais, desde estrias, manchas, acne, gordura localizada, celulite, tudo que está ligado à pele nós tratamos. 

AC: É uma especialização?

F: Exatamente. Na nossa graduação, a gente já tem contato com a dermatologia-funcional e quando a gente finaliza, tem a pós também.

O curso de fisioterapia permite ao profissional escolher entre várias áreas, como o fisioterapeuta dermato-funcional, fisioterapeuta respiratório, fisioterapeuta que trabalha com questões neurológicas com pacientes vítimas de AVC, traumatismo. Então, a fisioterapia tem um leque muito grande de atuação. 

Fisioterapeuta Isabela Luana. Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

AC: E os cuidados com a pele no inverno? 

F: Essa é uma questão que a gente vem debatendo porque só se pensa em cuidados no verão. É um assunto de extrema importância, a começar pela baixa da temperatura que acaba causando um ressecamento maior na nossa pele e, associado a isso, vem algumas questões que a gente começa a mudar no dia a dia, como por exemplo, a diminuição do consumo de água. 

Por causa do frio, nós bebemos uma quantidade menor de água e a nossa pele acaba desidratando muito mais, ocorrem algumas rachaduras, a pele fica mais esbranquiçada e a gente acaba esquecendo de hidratar com cremes ou comésticos, que sejam de preferência indicados por um profissional porque as vezes a gente usa um cosmético que só tem um cheiro bom mas não hidrata corretamente. 

Uma pele oleosa, por exemplo, as pessoas pensam que não precisa ser hidratada mas ela precisa sim. A oleosidade é diferente de hidratação. Então, pacientes com peles oleosas precisam de hidratantes específicos e só um profissional competente para poder indicar isso. 

Fisioterapeuta Renata Sampaio. Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

AC: Por que hidratar uma pele que já é oleosa?

F: O que acontece é o seguinte: nosso corpo vai produzir óleo, já que não pode produzir água, então a forma que uma pele desidratada encontra de produzir um pouco mais de hidratação é produzindo óleo.

AC: A pele sofre no período de frio, não é?

F: Sim. Principalmente com o banho quente. O banho quente tira a nossa oleosidade natural da pele, que o período já não propicia porque a gente não transpira tanto. Além disso, algumas pessoas ainda usam a ducha, o esfoliante e isso agrava. A gente tem que moderar. Já que é para tomar um banho quente, vamos tomar banho de quente para morno e não de quente para pegando fogo. Porque senão isso vai dificultar o processo natural de oleosidade da pele, vai torna-la esbranquiçada, rachada, fica menos viçosa, menos bonita. 

No inverno, como a gente sente menos sede, a gente bebe menos água, isso também contribui para o ressecamento da pele. 

AC: A alimentação também tem algo a ver com a hidratação da pele?

F: Tem sim. Tudo que nós comemos, interfere no nosso corpo como um todo, todos os órgaõs. A pele também é um órgão que pode sofrer com a alimentação. Alimentos ricos em gordura e fritura podem favorecer o surgimento de acne, além de aumentar a oleosidade da pele. Excesso de doces também é prejudicial porque o açúcar favorece o envelhecimento da pele. 

Problemas como flacidez de pele, estrias e celulite são alterações da pele que podem ser causadas por uma má alimentação.
 

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