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Você sabia que no Brasil, cerca de 35% das mulheres adultas sofrem com melasma? Essa é uma doença que pode ser causada por diversos motivos, como exposição ao sol, hormônios, alterações inflamatórias e fatores genéticos.
Mas a boa notícia é que atualmente existem diversos tratamentos de melasma que podem devolver às mulheres a autoestima.
Mas o que é melasma?
O melasma são manchas escuras que aparecem principalmente no rosto, mas também em outras partes do corpo como axilas, mamilos, virilhas e linha do abdômen.
Os melasmas são divididos em três categorias para ajudar na hora do tratamento. O melasma epidérmico é quando há pigmento exacerbado na epiderme; o dérmico, quando há melanina ao redor dos vasos superficiais e profundos; e o misto, quando há excesso de pigmentação na epiderme, derme e em outras regiões.
E apesar de aparecer em ambos os gêneros, a doença é mais comum nas mulheres com idade entre 25 e 40 anos. O melasma também é mais frequente em pessoas que têm a pele morena e negra, por conta da pele produzir mais melanina.
O que influencia no melasma
Além do tom de pele, outros fatores podem influenciar o aparecimento do melasma.
Temperatura
No verão, é preciso fazer o uso contínuo do protetor solar para evitar que a exposição ao sol cause manchas na pele. A Dra. Juliana Toma, médica dermatologista da UNIFESP, explica que hoje já existem filtros solares com antioxidantes e clareadores de manchas, que ajudam a evitar o melasma. “Esse tipo de filtro atua em diferentes etapas, ou prevenindo a formação de novas manchas ou atuando nas já existentes”, explica a médica.
Porém, não é só o calor que pode causar o melasma! No outono e no inverno, tendemos a relaxar no uso dos protetores e ao nos expormos aos raios ultravioletas sem a devida proteção, aumenta o risco do aparecimento de manchas.
Além disso, as luzes – de casa e principalmente a do computador -, podem causar manchas. “Não importa o clima ou se você vai sair de casa ou não, o ideal é usar protetor solar todos os dias, com FPS de no mínimo 30 e reaplicá-lo a cada três horas”, alerta a Dra. Juliana.
Gravidez
Algumas mulheres podem desenvolver melasma durante a gravidez. Isso ocorre devido às mudanças hormonais, entretanto, ele pode desaparecer, em alguns casos, mas mesmo assim todos os cuidados precisam ser tomados.
O estado emocional também pode contribuir para o surgimento das manchas. “Isso acontece pois o estresse constante gera uma tensão oxidativa no nosso organismo, prejudicando o nosso corpo”, conta a Dra. Juliana.
Tipos de tratamento
O melasma não tem cura, mas há diversos tratamentos disponíveis no mercado para o controle da doença. Vale lembrar que é comum a pessoa ter melhoras e pioras no melasma dependendo dos cuidados.
De acordo com a Dra. Juliana, o primeiro passo, e um dos mais importantes do tratamento, é o uso diário do filtro solar com proteção UVA e UVB. “O protetor também precisa oferecer proteção infravermelho e contra a luz visível, pois mesmo essa tendo uma incidência menor, ainda assim pode causar manchas”, explica a médica.
Há ainda tratamentos estéticos, como laser, peeling químico e o microagulhamento que podem ser realizados para diminuir as manchas, mas eles sempre devem ser feitos com acompanhamento de um dermatologista.
Aqui vale lembrar que nenhum tratamento para melasma deve ser feito sem a orientação de um médico especialista. “Ao tentar resolver um problema, o paciente pode acabar piorando o que já tem, além de desenvolver outros, por isso é preciso ter cautela e procurar sempre um profissional da área de dermatologia”, alerta a Dra. Juliana.