O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu nesta quarta-feira (24) manter no ar a propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL) que chamada Fernando Haddad (PT) de ateu. A inserção, veiculada na televisão, diz: "Bota máscara, tira máscara, faz a marca, muda marca, põe vermelho, muda tudo, fala em taxa, tira taxa, cria o kit, diz não, apoia o Maduro, esconde ele, era ateu e vai na missa". Segundo o G1, a campanha de Haddad pediu a retirada do conteúdo argumentando que faz "inverídica afirmação de que Haddad seria ateu, mas, ainda assim, iria à missa". "Assim o faz como forma de questionar a idoneidade moral e religiosa", diz a defesa, "mentindo sobre sua crença religiosa e caracterizando-o perante o eleitorado enquanto alguém que utiliza a religião de forma desrespeitosa para ludibriar os eleitores, o que não condiz com a realidade”.
A decisão do ministro
O ministro Sérgio Banhos afirmou na decisão que a propaganda se baseia em uma reportagem que afirma que Haddad é ateu e que essa fonte foi indicada na peça publicitária. “Pode ser encontrada em periódico jornalístico, não se podendo afirmar tratar-se de veiculação de fato sabidamente inverídico, do ponto de vista eleitoral, apto a viabilizar a suspensão liminar da propaganda”, disse.