A regulação para atendimento hospitalar, tema que, de forma recorrente, é alvo de críticas em Feira de Santana, foi um dos assuntos da audiência que o prefeito do município, Colbert Martins Filho, manteve em Brasília com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Na avaliação do gestor da maior cidade do interior da Bahia, os municípios devem ter uma participação mais efetiva na regulação de pacientes, algo, hoje, operacionalizado quase que exclusivamente pelo Governo do Estado. Para Colbert, que é médico, uma vez que o Sistema Único de Saúde é mantido de forma compartilhada pela União, estados e municípios, se faz necessário uma descentralização do trabalho. “A regulação é algo que funciona de maneira um tanto misteriosa. A disponibilidade de vagas é uma informação dominada por um dos entes, que é o Estado, enquanto aos municípios cabe apenas aguardar, passivamente, sem qualquer acesso a dados”.
O prefeito feirense também manifestou preocupação, junto ao ministro, com o Hospital da Mulher, unidade que, atualmente, vem atendendo a parturientes de dezenas de municípios. Com o fechamento de maternidades como a do Hospital Geral Clériston Andrade, que era uma das maiores da cidade, o hospital municipal, através de pactuação, está assumindo praticamente sozinho a toda uma macrorregião, situação que vem gerando dificuldades na qualidade do atendimento. O ministro disse a Colbert que vai levar os dois assuntos apresentados pelo prefeito para a Comissão Tripartite, órgão que faz a avaliação de medidas relativas a regras na saúde pública.
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