O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (3) que já está cancelando pedidos de viagens dos deputados a partir do feriado de Corpus Christi, dia 20 de junho. De acordo com Maia, as viagens estão sendo negadas com o objetivo de garantir um quórum alto para votação da reforma da Previdência no plenário da Casa. Ele estima que a proposta será votada na Câmara no final deste mês ou no início de julho, antes do recesso parlamentar. "Eu acho que o quórum da Casa tem que estar perto de 500 deputados. Eu já estou cancelando viagens dos deputados a partir do dia 20 de junho, todos os pedidos estão sendo negados para que a gente possa, a partir do dia 20 de junho, já voltar a ter o quórum de 500, 505 deputados. Hoje estamos na média com 475, 480, a gente precisa recuperar esses 20 para ter uma margem tranquila para aprovar a Previdência já no final do mês ou no início do mês que vem", disse o presidente da Câmara.
Nesta terça-feira (4), a comissão especial que analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de aposentadoria, promoverá um seminário com pesquisadores de diversos países. Depois disso, o relatório da proposta já pode ser apreciado. O relator Samuel Moreira (PSDB-SP) afirmou que deve apresentar seu parecer antes do dia 15 de junho. Após ser analisado pela comissão, o texto segue para o plenário da Câmara, onde será votado em dois turnos, assim como no Senado. Para ser aprovada, a PEC precisará do voto favorável de 308 deputados nos dois turnos de votação. Segundo Maia, é seguro colocar o texto para votação se este receber o apoio de pelo menos 350 parlamentares. "A gente tem que ter 350 prontos para votar para ter a garantia que vão sobrar uns 320, 330. Se a gente conseguisse uma pactuação com todos os governadores, do PSB, do PT, do DEM, do MDB, do PSDB, aí sim a gente poderia estar sonhando com o número de 400 deputados. Seria uma sinalização histórica, uma votação histórica com uma sinalização muito forte para toda a sociedade que nós vamos tirar os temas que são da questão fiscal, previdenciária, do nosso embate ideológico, vamos racionalizar esse tema", explicou. (G1)