Nas conversas que começou a ter com aliados e mesmo partidos da base do prefeito ACM Neto (DEM) sobre a sucessão estadual de 2022, o senador Jaques Wagner (PT) confirma a pretensão da candidatura ao governo e acrescenta um elemento que deixa os interlocutores boquiabertos: A possibilidade de o ex-presidente Lula concorrer ao Senado pela Bahia ao seu lado, o que diminuiria a margem para a participação na chapa de partidos que estão praticamente desde o início da ascensão do PT ao poder no Estado, como o PP e o PSD, hoje em luta renhida pela presidência da Assembleia Legislativa. A avaliação é a de que, com Lula concorrendo, a chapa se tornaria imbatível, mesmo se os aliados principais não figurassem ao lado do candidato a governador. Por outro lado, mostraria também o compromisso do líder nacional da sigla em manter a Bahia como um dos últimos bastiões do petismo no Brasil.
A idéia da candidatura ao Senado estaria por trás do movimento de mudança de Lula para Lauro de Freitas, para onde, na sequência, transferiria seu domicílio eleitoral. O plano, naturalmente, obedece à pressuposição de que, até o ano eleitoral, o ex-presidente pode superar a inelebilidade. A expectativa reside principalmente nas articulações empreendidas pelo Centrão na Câmara dos Deputados, com o consentimento de Jair Bolsonaro (sem partido), para derrubar a Lei da Ficha Lima, movimento já iniciado no Supremo Tribunal Federal por meio de um voto do ministro novato Kássio Nunes, indicado pelo presidente da República. (Com informações do site Política Livre)