Política

Lula deve receber presidentes Emmanuel Macron e Pedro Sánchez em Brasília em março

Segundo integrantes do governo, encontros devem abordar temas como proteção do meio ambiente e acordo Mercosul-UE. Lula esteve na França e na Espanha em 2023.

Lula e Macron na COP 28 — Foto: Ricardo Stuckert
Lula e Macron na COP 28 — Foto: Ricardo Stuckert

Integrantes do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores informaram à GloboNews nesta quarta-feira (24) que o presidente Lula deve receber em Brasília, em março, os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Espanha, Pedro Sánchez.

As datas dos encontros ainda não estão definidas. Segundo esses relatos, a reunião com Sánchez deve acontecer no começo do mês, e a com Macron, no fim do mês.

De acordo com integrantes do governo, Lula pretende abordar com os presidentes temas como proteção do meio ambiente e o acordo comercial negociado há mais de 20 anos entre o Mercosul e a União Europeia.

Lula esteve com Pedro Sánchez em Madrid (Espanha) em abril do ano passado e com Macron em Paris (França), em junho.

Em 2023, o presidente dedicou grande parte da agenda a viagens internacionais com o objetivo de reaproximar o Brasil de seus principais parceiros comerciais e recolocar o Brasil à frente de discussões em organismos multilaterais.

Nesse contexto, o presidente esteve, por exemplo, na China, nos Estados Unidos, na Argentina, em Cuba e na Alemanha, países com os quais seu antecessor, Jair Bolsonaro, teve uma série de embates ao longo do mandato.

Para 2024, Lula tem dito que pretende viajar mais pelo Brasil e, diante disso, deve reduzir as viagens ao exterior – embora já tenha agendas previstas para este ano em países como Egito, Guiana e Estados Unidos, por exemplo.

Mercosul-UE
O Brasil presidiu o Mercosul no segundo semestre de 2023 e colocou como um dos objetivos principais garantir que o acordo comercial com a União Europeia fosse fechado. A ideia era aproveitar a presidência espanhola do bloco europeu, outro país a favor da assinatura.

No entanto, críticas de Macron aos termos negociados adiaram a assinatura – ele sempre mostrou resistência ao tema. O francês chegou a dizer que o acordo era “antiquado”, “completamente contraditório” com o discurso de Lula e que “desmantela tarifas”.

A primeira etapa das conversas foi concluída em 2019 e, desde então, o acordo passou à fase de revisão, etapa que ainda não foi encerrada.

Do lado europeu, por exemplo, foi incluído um documento adicional que, em linhas gerais, prevê sanções em caso de descumprimento de medidas ambientais, o que não foi recebido pelos países do Mercosul.

Além disso, no governo Lula, o Brasil passou a exigir alterações relacionadas às chamadas compras governamentais, tema que o país considera prioritário para incentivar a indústria nacional em áreas como saúde, por exemplo.

Fonte: G1

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