Política

Lula defende regulamentação de imprensa e ataca Bolsonaro: 'Conta em média cinco mentiras por dia'

O ex-presidente falou também sobre o projeto de regionalização na comunicação.

Com a divulgação de Fake News que possibilita a disseminação de informações para o favorecimento de campanhas eleitorais e que dificulta o enfretamento da pandemia da covid-19, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), disse que pretende ‘reverter’ esse acontecimento. Em coletiva, realizada na manhã desta quinta-feira (27), na capital baiana e em conversa com o jornalista Zé Eduardo, da TV Itapoã (Record), Lula defendeu a regulamentação de imprensa e da internet, como forma de evitar a publicação das notícias falsas. Ele citou ainda um relatório divulgado pela ONG internacional de Londres, que afirma que o presidente Jair Bolsonaro teria dado 1.682 declarações de Fake News na pandemia.

“Tenho um projeto que é a regulamentação dos meios de comunicação. Em 1962 a gente conversava por cartas, dá para perceber a revolução e o que houve nas comunicações. Você não acha que deveria ter uma regulamentação na internet? Que não seja censura, mas que permita que a gente conduza a internet mais para o bem, do que para o mal. A utilização da internet hoje é para tudo que é sacanagem, para tudo o que é podridão. Um canalha que não tem coragem de falar na tua cara, ele se esconde dentro do quarto dele e fala mal da tua filha, do teu neto, do filho que você ainda nem teve, incentiva o erro. O Bolsonaro esses dias teve um Observatório da Mentira, que mostra que ele conta em média cinco mentiras por dia. A quantidade de mentiras sobre a pandemia, receitando remédios, dizendo para fazer tal coisa, isso é um crime”.

O ex-presidente falou também sobre o projeto de regionalização na comunicação. Para Lula, deve haver mais veículos de imprensa que informem o que acontece em cada localidade. “Precisamos regulamentar os meios de comunicação, ter mais programas regionais. Fico revoltado porque o povo da Bahia por exemplo é obrigado a ver coisas do Rio e São Paulo. É importante que tenha mais regionalização, mais cultura, fazer mais plural”.
 

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