O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8), fez uma crítica indireta ao União Brasil, partido que será criado com a fusão do DEM e do PSL. O líder petista defendia a prerrogativa de qualquer partido político no Brasil lançar candidato à presidência da República nas eleições.
“Era para isso que deveriam ser criados os partidos e não por conta do fundo eleitoral e partidário. Os partidos deveriam ser criados porque cada um tem um projeto, um ideário, uma carta de princípios. Cada partido deveria dizer qual país ele quer construir, como ele quer tratar o povo, qual é a oferenda dele de políticas públicas para o povo. Só no Brasil que as pessoas não querem”, alfinetou.
Nesta quinta-feira (7), o futuro secretário-geral do União Brasil, o atual presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou que vai “trabalhar muito” para evitar um segundo turno entre Lula e Bolsonaro.
“Tem um monte de gente que ainda não tem competitividade e está tentando se colocar. Eu acho ótimo. Agora, as pessoas têm que compreender que para disputar as eleições, tem que disputar o primeiro turno. Então, se lancem, teremos debate na televisão, terão entrevistas e aí dois serão escolhidos, e esses dois irão disputar [o 2º turno]. Não tem problema, pode ter quantas vias quiser. É muito importante”, defendeu Lula, ao lembrar de sua candidatura em 1989, quando disputou com outro 12 candidatos e ele passou para a segunda etapa na disputa com Fernando Collor, que venceu o pleito.
“Agora, existem dois tipos de gente. Tem a candidatura do Bolsonaro, que pelo fato de ele ser presidente da República é sempre uma candidatura competitiva, porque ele está com a máquina na mão, e sempre será competitiva. E tem a minha candidatura, que ainda não foi colocada, mas me parece que também será competitiva”, disse. (Com informações do site Bahia.ba)